Agilidade apresentada por atletas de futebol em função da categoria profissional e posição em campo
Amostra foi composta por 60 atletas profissionais que desempenham distintas ações em campo e representam as três diferentes divisões do Campeonato Cearense
Emmanoel da Costa Arrais
RESUMO
Este estudo de abordagem quantitativa investigou 60 atletas do sexo masculino, participantes das diferentes divisões (primeira, segunda e terceira) do campeonato cearense de futebol. Os atletas foram avaliados nos respectivos locais de treinamento, através do teste de agilidade “triangulu reversione” antes dos treinos, sob a supervisão dos respectivos responsáveis.
Para verificar diferenças de agilidade de acordo com a posição foi utilizada uma análise de variância (ANOVA) e para verificar em que posições situavam-se as diferenças foram aplicadas o teste de Scheffé. A média de idade encontrada entre os jogadores de todas as categorias profissionais foi de 21,4 anos + 2,31 anos e os resultados do teste de agilidade “triangulu reversione” foram os seguintes: 11,72 segundos (1ª divisão), 11,70 segundos (2ª divisão) e 12,28 segundos (3ª divisão), demonstrando que não houve diferenças estatísticas significativas entre jogadores de diferentes divisões do futebol profissional. Ao comparar os resultados do teste de agilidade por função (Goleiro, Lateral, Zagueiro, Volante, Meia, Atacante) desempenhada em campo, verificou-se que também não ocorreram diferenças estatisticamente significantes.
Concluiu-se que o nível de agilidade dos jogadores avaliados está de acordo com o perfil estimado para atletas de futebol profissional e que não existem diferenças significativas nos níveis de agilidade independentemente da categoria profissional e da posição do atleta em campo.
Para verificar diferenças de agilidade de acordo com a posição foi utilizada uma análise de variância (ANOVA) e para verificar em que posições situavam-se as diferenças foram aplicadas o teste de Scheffé. A média de idade encontrada entre os jogadores de todas as categorias profissionais foi de 21,4 anos + 2,31 anos e os resultados do teste de agilidade “triangulu reversione” foram os seguintes: 11,72 segundos (1ª divisão), 11,70 segundos (2ª divisão) e 12,28 segundos (3ª divisão), demonstrando que não houve diferenças estatísticas significativas entre jogadores de diferentes divisões do futebol profissional. Ao comparar os resultados do teste de agilidade por função (Goleiro, Lateral, Zagueiro, Volante, Meia, Atacante) desempenhada em campo, verificou-se que também não ocorreram diferenças estatisticamente significantes.
Concluiu-se que o nível de agilidade dos jogadores avaliados está de acordo com o perfil estimado para atletas de futebol profissional e que não existem diferenças significativas nos níveis de agilidade independentemente da categoria profissional e da posição do atleta em campo.
INTRODUÇÃO
Uma das modalidades esportivas que apresenta a maior dificuldade para a sua caracterização com relação ao esforço físico requerido é o futebol (AIRES, 2003). Na prova de corrida de 100 metros rasos do atletismo ou na maratona, há uma predominância anaeróbia e aeróbia, respectivamente, o que facilita o processo de caracterização das exigências físicas. O futebol é uma modalidade esportiva intermitente, com constantes mudanças de intensidade e atividades. A imprevisibilidade dos acontecimentos e ações durante uma partida exige que o atleta esteja preparado para reagir aos mais diferentes estímulos, da maneira mais eficiente possível (BARBANTI, 1996).
No futebol encontramos vários tipos de deslocamentos, embora a caminhada e o trote, ambos sem bola (REILLY; BANGSBO; FRANKS, 2000), sejam predominantes. É necessário treinar a resistência e a potência aeróbia para que os jogadores possam se movimentar, durante os 90 minutos da partida oficial, com períodos curtos de alta intensidade, como acelerações em pequenas distâncias (PERES, 1996).
No futebol encontramos vários tipos de deslocamentos, embora a caminhada e o trote, ambos sem bola (REILLY; BANGSBO; FRANKS, 2000), sejam predominantes. É necessário treinar a resistência e a potência aeróbia para que os jogadores possam se movimentar, durante os 90 minutos da partida oficial, com períodos curtos de alta intensidade, como acelerações em pequenas distâncias (PERES, 1996).
Apesar de ser caracterizado como exercício intenso, o futebol apresenta situações que vão do repouso até deslocamentos de alta intensidade em função do estilo e/ou da posição do atleta, além das características especificas de cada partida. De acordo com Martin (2002), os jogadores correm aproximadamente 10 quilômetros por partida, sendo que 8% a 18% desta distância são percorridos em velocidade máxima.
Mayhew e Wenger (1985) realizaram um estudo sobre análise de movimentos em futebolistas e constataram que o futebol é uma atividade predominantemente aeróbia, com somente 12% do tempo de jogo gasto com atividades que utilizam substratos energéticos anaeróbicos. Porém é fundamental destacar que neste reduzido tempo de anaerobiose é que são realizadas as ações decisivas no futebol, caracterizadas pela alta intensidade, pois a concentração de lactato sangüíneo pode chegar, durante a partida, a valores de 8 a 12 mmol/l (EKBLOM; AGNEVIK, citado por BOSCO, 1994; EKBLOM, citado por MARTIN, 2002).
Existem características fisiológicas próprias para cada uma das posições específicas do futebol (BARBANTI, 1996). Estas demandas fisiológicas variam com a taxa de trabalho desenvolvida em cada função desempenhada em campo (REILLY; BANGSBO; FRANKS, 2000).
Os valores máximos de volume máximo de oxigênio (VO2 máximo), variável determinante da potência aeróbia, encontrados em estudos controlados oscilam entre 56 e 69 ml.kg.min-1 (BOSCO, 1994; REILLY, citado por REILLY; BANGSBO; FRANKS, 2000). Estes valores são similares aos de outros esportes coletivos, mas baixos em relação aos esportes de endurance, cujos atletas alcançam valores próximos de perto de 80 ml.kg.min -1 (REILLY e SECHER, citado por REILLY; BANGSBO; FRANKS, 2000). Existem variações no VO2 máximo em relação às diferentes posições (REILLY; BANGSBO; FRANKS, 2000). Atletas com maiores índices de VO2 máximo. tendem a participar mais das partidas, apresentando um menor índice de fadiga (REILLY, 1997).
Os jogadores devem se adaptar às exigências do jogo para competirem e atingirem o alto rendimento. Assim, a condição física dos atletas de elite pode indicar a demanda fisiológica do jogo (REILLY; BANGSBO; FRANKS, 2000). Para REILLY (1997), o estilo de jogar influencia nas demandas fisiológicas dos jogadores. Segundo (REILLY; BANGSBO; FRANKS, 2000), as características que devem ser trabalhadas para se chegar ao profissionalismo são: resistência aeróbia, velocidade, força, flexibilidade, agilidade, composição corporal (percentual de gordura) e somatotipo.
De acordo com GARCIA, MUIÑO e TELEÑA (1977), o futebol exige resistência, velocidade, agilidade e força. Para KUNZE (1987), o futebol exige uma série de capacidades, resistência, velocidade e força como princípios decisivos, mas também agilidade e flexibilidade. A resistência é importante para um bom desempenho durante todo o jogo; a velocidade é fundamental para percorrerem curtas distancias o mais rápido possível; a força participa nas ações em que á disputa de espaço entre os adversários; a agilidade nas ações rápidas de mudanças de direção, em ataques e contra-ataques; flexibilidade para que os atletas venham à recepcionar melhor os passes e os goleiros efetuarem defesas mais dificeis. Importante destacar que a integração entre estas capacidades é de extrema importância.
Melo (1997) define que os atletas de futebol possuem características físicas específicas por posição: goleiro - força explosiva, flexibilidade, equilíbrio, resistência muscular localizada e velocidade de reação; laterais - força explosiva, resistência e coordenação; zagueiros - força, impulsão, equilíbrio, velocidade de reação e agilidade; meio-campo - resistência, coordenação, recuperação e velocidade e atacantes - velocidade, agilidade, equilíbrio e força explosiva.
"A agilidade se refere à capacidade do atleta de mudar de direção de forma rápida e eficaz, mover-se com facilidade no campo ou fingir ações que enganem o adversário a sua frente" (BOMPA, 2002, p. 51). A agilidade no futebol é a habilidade para mudar os movimentos o mais rápido possível frente a situações imprevisíveis, tomando rápidas decisões e executando ações de modo eficiente (SCHMID; ALEJO, 2002).
Diante destas situações expostas este estudo busca avaliar o nível de agilidade de jogadores de futebol profissional; verificar se existem diferenças entre os níveis de agilidade de jogadores de diferentes categorias profissionais e se determinadas posições têm jogadores mais ágeis que em outras.
A importância deste estudo está baseada numa necessidade imposta pelo moderno futebol. As exigências físicas e condicionantes estão cada vez mais imperiosas. Inúmeras capacidades motoras (Agilidade, Força, Velocidade, Flexibilidade, Resistência) estão diretamente relacionadas com o desempenho dentro de campo, o que representa um alto índice de participação nos resultados positivos das equipes. As ações motoras como a agilidade fazem parte de um “hall” de grande importância neste contexto. Avaliar a agilidade dos jogadores em função das diferentes funções desempenhadas por estes é algo que se faz necessário. Isto proporcionará um feedback aos treinadores e preparadores físicos, no que diz respeito ao planejamento e utilização desses dados em seus trabalhos. Desta forma, reitera-se a necessidade da execução desta pesquisa, uma vez que esses dados em muito, irão colaborar com os profissionais que militam neste campo do conhecimento.
Mayhew e Wenger (1985) realizaram um estudo sobre análise de movimentos em futebolistas e constataram que o futebol é uma atividade predominantemente aeróbia, com somente 12% do tempo de jogo gasto com atividades que utilizam substratos energéticos anaeróbicos. Porém é fundamental destacar que neste reduzido tempo de anaerobiose é que são realizadas as ações decisivas no futebol, caracterizadas pela alta intensidade, pois a concentração de lactato sangüíneo pode chegar, durante a partida, a valores de 8 a 12 mmol/l (EKBLOM; AGNEVIK, citado por BOSCO, 1994; EKBLOM, citado por MARTIN, 2002).
Existem características fisiológicas próprias para cada uma das posições específicas do futebol (BARBANTI, 1996). Estas demandas fisiológicas variam com a taxa de trabalho desenvolvida em cada função desempenhada em campo (REILLY; BANGSBO; FRANKS, 2000).
Os valores máximos de volume máximo de oxigênio (VO2 máximo), variável determinante da potência aeróbia, encontrados em estudos controlados oscilam entre 56 e 69 ml.kg.min-1 (BOSCO, 1994; REILLY, citado por REILLY; BANGSBO; FRANKS, 2000). Estes valores são similares aos de outros esportes coletivos, mas baixos em relação aos esportes de endurance, cujos atletas alcançam valores próximos de perto de 80 ml.kg.min -1 (REILLY e SECHER, citado por REILLY; BANGSBO; FRANKS, 2000). Existem variações no VO2 máximo em relação às diferentes posições (REILLY; BANGSBO; FRANKS, 2000). Atletas com maiores índices de VO2 máximo. tendem a participar mais das partidas, apresentando um menor índice de fadiga (REILLY, 1997).
Os jogadores devem se adaptar às exigências do jogo para competirem e atingirem o alto rendimento. Assim, a condição física dos atletas de elite pode indicar a demanda fisiológica do jogo (REILLY; BANGSBO; FRANKS, 2000). Para REILLY (1997), o estilo de jogar influencia nas demandas fisiológicas dos jogadores. Segundo (REILLY; BANGSBO; FRANKS, 2000), as características que devem ser trabalhadas para se chegar ao profissionalismo são: resistência aeróbia, velocidade, força, flexibilidade, agilidade, composição corporal (percentual de gordura) e somatotipo.
De acordo com GARCIA, MUIÑO e TELEÑA (1977), o futebol exige resistência, velocidade, agilidade e força. Para KUNZE (1987), o futebol exige uma série de capacidades, resistência, velocidade e força como princípios decisivos, mas também agilidade e flexibilidade. A resistência é importante para um bom desempenho durante todo o jogo; a velocidade é fundamental para percorrerem curtas distancias o mais rápido possível; a força participa nas ações em que á disputa de espaço entre os adversários; a agilidade nas ações rápidas de mudanças de direção, em ataques e contra-ataques; flexibilidade para que os atletas venham à recepcionar melhor os passes e os goleiros efetuarem defesas mais dificeis. Importante destacar que a integração entre estas capacidades é de extrema importância.
Melo (1997) define que os atletas de futebol possuem características físicas específicas por posição: goleiro - força explosiva, flexibilidade, equilíbrio, resistência muscular localizada e velocidade de reação; laterais - força explosiva, resistência e coordenação; zagueiros - força, impulsão, equilíbrio, velocidade de reação e agilidade; meio-campo - resistência, coordenação, recuperação e velocidade e atacantes - velocidade, agilidade, equilíbrio e força explosiva.
"A agilidade se refere à capacidade do atleta de mudar de direção de forma rápida e eficaz, mover-se com facilidade no campo ou fingir ações que enganem o adversário a sua frente" (BOMPA, 2002, p. 51). A agilidade no futebol é a habilidade para mudar os movimentos o mais rápido possível frente a situações imprevisíveis, tomando rápidas decisões e executando ações de modo eficiente (SCHMID; ALEJO, 2002).
Diante destas situações expostas este estudo busca avaliar o nível de agilidade de jogadores de futebol profissional; verificar se existem diferenças entre os níveis de agilidade de jogadores de diferentes categorias profissionais e se determinadas posições têm jogadores mais ágeis que em outras.
A importância deste estudo está baseada numa necessidade imposta pelo moderno futebol. As exigências físicas e condicionantes estão cada vez mais imperiosas. Inúmeras capacidades motoras (Agilidade, Força, Velocidade, Flexibilidade, Resistência) estão diretamente relacionadas com o desempenho dentro de campo, o que representa um alto índice de participação nos resultados positivos das equipes. As ações motoras como a agilidade fazem parte de um “hall” de grande importância neste contexto. Avaliar a agilidade dos jogadores em função das diferentes funções desempenhadas por estes é algo que se faz necessário. Isto proporcionará um feedback aos treinadores e preparadores físicos, no que diz respeito ao planejamento e utilização desses dados em seus trabalhos. Desta forma, reitera-se a necessidade da execução desta pesquisa, uma vez que esses dados em muito, irão colaborar com os profissionais que militam neste campo do conhecimento.
METODOLOGIA
A presente pesquisa caracteriza-se como exploratória, transversal, com abordagem quantitativa. A partir da população de atletas de futebol profissional, inscritos na Federação Cearense de Futebol, foram avaliados 60 atletas do sexo masculino, participantes das diferentes divisões (primeira, segunda e terceira) do campeonato cearense de futebol.
Foram incluídos apenas atletas profissionais de futebol atuando em algum clube da Federação Cearense de Futebol, independente de faixa etária. Não participaram da pesquisa atletas amadores, ou que não estivessem atuando em algum clube inscrito na Federação Cearense de Futebol ou ainda que apresentassem condições de saúde restritivas à aplicação do teste de agilidade.
Os atletas foram avaliados nos respectivos locais de treinamento, através do teste de agilidade “triangulu reversione” (ANEXO 1). Os testes foram aplicados no campo de treinamento, antes dos treinos técnicos ou físicos, sob a supervisão dos respectivos responsáveis.
Os dados foram analisados através da estatística descritiva e apresentados em gráficos e/ou tabelas. Para verificar diferenças de agilidade de acordo com a posição foi utilizada uma análise de variância (ANOVA) e para verificar em que posições situavam-se as diferenças, foi aplicado o teste de Scheffé, através do software estatístico SPSS.
Salienta-se que esta pesquisa não acarretou qualquer tipo de dano à pessoa pesquisada, seja físico, moral ou psicológico, sendo resguardadas identidade e integridade dos participantes. O avaliado foi informado de seu direito de desistir da participação no estudo em qualquer uma de suas fases, bem como o acesso aos registros e ao texto final do estudo realizado se assim o desejasse. Ainda, a anuência da pessoa informante foi registrada em Termo de Consentimento Informado, conforme Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde/Ministério da Saúde.
Foram incluídos apenas atletas profissionais de futebol atuando em algum clube da Federação Cearense de Futebol, independente de faixa etária. Não participaram da pesquisa atletas amadores, ou que não estivessem atuando em algum clube inscrito na Federação Cearense de Futebol ou ainda que apresentassem condições de saúde restritivas à aplicação do teste de agilidade.
Os atletas foram avaliados nos respectivos locais de treinamento, através do teste de agilidade “triangulu reversione” (ANEXO 1). Os testes foram aplicados no campo de treinamento, antes dos treinos técnicos ou físicos, sob a supervisão dos respectivos responsáveis.
Os dados foram analisados através da estatística descritiva e apresentados em gráficos e/ou tabelas. Para verificar diferenças de agilidade de acordo com a posição foi utilizada uma análise de variância (ANOVA) e para verificar em que posições situavam-se as diferenças, foi aplicado o teste de Scheffé, através do software estatístico SPSS.
Salienta-se que esta pesquisa não acarretou qualquer tipo de dano à pessoa pesquisada, seja físico, moral ou psicológico, sendo resguardadas identidade e integridade dos participantes. O avaliado foi informado de seu direito de desistir da participação no estudo em qualquer uma de suas fases, bem como o acesso aos registros e ao texto final do estudo realizado se assim o desejasse. Ainda, a anuência da pessoa informante foi registrada em Termo de Consentimento Informado, conforme Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde/Ministério da Saúde.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Alguns autores questionam a utilização de testes de agilidade sem bola para praticantes de futebol, porém de acordo com SILVA et al (2006) há uma significativa correlação entre testes de agilidade sem bola e com bola, principalmente nas posições de zagueiro, atacantes, laterais e volantes.
A amostra foi composta por 60 atletas profissionais de futebol que desempenham distintas funções em campo (FIGURA 1) e representam as três diferentes divisões do Campeonato Cearense, distribuídos da seguinte forma: 13 atletas da 1° divisão, 23 atletas da 2° divisão e 24 atletas da 3° divisão.
Figura 1: Número de jogadores de acordo com a posição que desempenham em campo.
A amostra foi composta por 60 atletas profissionais de futebol que desempenham distintas funções em campo (FIGURA 1) e representam as três diferentes divisões do Campeonato Cearense, distribuídos da seguinte forma: 13 atletas da 1° divisão, 23 atletas da 2° divisão e 24 atletas da 3° divisão.
Figura 1: Número de jogadores de acordo com a posição que desempenham em campo.
A média de idade encontrada entre os jogadores de todas as categorias profissionais foi de 21,4 anos + 2,31 anos. Segundo Veiga (1996) a média de idade dos jogadores profissionais do Rio de Janeiro foi de 23,83 anos, pouco superior ao valor encontrado no presente estudo.
De acordo com os resultados do teste de agilidade “triangulu reversione”, os jogadores obtiveram as seguintes médias de tempo: 11,72 segundos (primeira divisão), 11,70 segundos (segunda divisão) e 12,28 segundos (terceira divisão), sendo a média geral entre as três divisões de 11,90 seg. Desta forma não houve diferenças estatísticas significativas entre jogadores das diferentes divisões do futebol profissional (TABELA 1). Em entrevista pessoal, o autor do teste de agilidade “triangulu reversione” Ricardo Lima dos Santos afirmou que jogadores profissionais de futebol para serem competitivos deveriam executar o teste entre 11 e 13 segundos (SANTOS, 2008).
Santos (1992) comparou fisiologicamente, antropometricamente e o nível motor de atletas profissionais de futebol de quatro divisões distintas do campeonato português, os resultados evidenciaram a similitude das equipes de diferentes divisões, com alguns indicadores á discriminarem positivamente, embora de forma ligeira, a equipe de escalão competitivo inferior. Sendo assim pode-se concluir que independente da divisão em que os atletas estão inseridos, eles possuem características físicas semelhantes.
Tabela 1 – Média de tempo do teste de agilidade (“Triângulo Reversione”) em jogadores de futebol profissional por divisão do campeonato cearense.
P<0,01
Ao comparar os resultados do teste de agilidade por função desempenhada em campo, verificou-se que também não ocorreram diferenças estatisticamente significantes (TABELA 2). Amaral e Benetti (2005) realizaram um estudo sobre as características físicas dos jogadores profissionais de futebol e concluíram que, com exceção do zagueiro, todas as funções desempenhadas em campo exigem o desenvolvimento da agilidade como uma das características físicas mais solicitadas nos treinos e competições. Não é possível justificar este achado, pois os zagueiros posicionam-se na mesma zona de campo que os atacantes adversários e, muitas vezes, precisam desempenhar uma marcação constante, desta forma a falta de agilidade poderia ocasionar uma superioridade de um atleta sobre o outro.
Tabela 2 – Média de tempo do teste de agilidade (“Triângulo Reversione”) em jogadores de futebol profissional por posição em campo.
Portanto pode-se concluir que o nível de agilidade dos jogadores avaliados está de acordo com o perfil estimado para atletas de futebol profissional e que não existem diferenças significativas nos níveis de agilidade independentemente da categoria profissional e da posição do atleta em campo.
.
.
F= 2,39; P<>
CONCLUSÃO
Portanto pode-se concluir que o nível de agilidade dos jogadores avaliados está de acordo com o perfil estimado para atletas de futebol profissional e que não existem diferenças significativas nos níveis de agilidade independentemente da categoria profissional e da posição do atleta em campo.
BIBLIOGRAFIA
AIRES, Fabio da Cunha. Características Físicas do Futebol. Revista virtual EFArtigos.16. ed. Natal: 2003.
AMARAL, D.; BENETTI, W. As características Físicas, Táticas e Técnicas do jogador profissional de futebol em suas respectivas funções dentro de campo. Batatais: CUC, 2005. [Dissertação (Graduação) – Centro Universitário Claretiano, Batatais.]
BARBANTI, V. J. Treinamento físico: bases científicas. 3. ed. São Paulo: CLR Balieiro, 1996. 116 p.
BOMPA, T. O. Treinamento Total para Jovens Campeões. Tradução de Cássia Maria Nasser. Revisão Científica de Aylton J. Figueira Jr. Barueri: Manole, 2002.
BOSCO, C. Aspectos fisiológicos de la preparación física del futbolista. Revisão e Adaptação de Jordi Mateo Vila. 2. ed. Barcelona: Paidotribo, 1994.
GARCIA, C. M.; MUIÑO, E. T.; TELEÑA, A. P. La Preparación Física en el Fútbol. Madrid: [s.n.], 1977.
KUNZE, A. Futebol. Tradução de Ana Maria de Oliveira Mendonça. Revisão Científica de Eduardo Vingada. Colecção Desporto n. 10. Lisboa: Estampa, 1987. Cap. 6, p. 129-141. (Condição Física).
MARTIN, V. Futebol: Lactato e Amônia Sanguíneos em Teste de Velocidade Supra-Máxima. 2002. [Dissertação (Mestrado) - Escola de Educação Física e Esporte, Universidade de São Paulo, São Paulo.]
MAYHEW, S. R.; WENGER, H. A. Time-Motion Analysis of Professional Soccer. Journal of Human Movement Studies, Edinburgh: Teviot, v. 11, p. 49-52, 1985.
AMARAL, D.; BENETTI, W. As características Físicas, Táticas e Técnicas do jogador profissional de futebol em suas respectivas funções dentro de campo. Batatais: CUC, 2005. [Dissertação (Graduação) – Centro Universitário Claretiano, Batatais.]
BARBANTI, V. J. Treinamento físico: bases científicas. 3. ed. São Paulo: CLR Balieiro, 1996. 116 p.
BOMPA, T. O. Treinamento Total para Jovens Campeões. Tradução de Cássia Maria Nasser. Revisão Científica de Aylton J. Figueira Jr. Barueri: Manole, 2002.
BOSCO, C. Aspectos fisiológicos de la preparación física del futbolista. Revisão e Adaptação de Jordi Mateo Vila. 2. ed. Barcelona: Paidotribo, 1994.
GARCIA, C. M.; MUIÑO, E. T.; TELEÑA, A. P. La Preparación Física en el Fútbol. Madrid: [s.n.], 1977.
KUNZE, A. Futebol. Tradução de Ana Maria de Oliveira Mendonça. Revisão Científica de Eduardo Vingada. Colecção Desporto n. 10. Lisboa: Estampa, 1987. Cap. 6, p. 129-141. (Condição Física).
MARTIN, V. Futebol: Lactato e Amônia Sanguíneos em Teste de Velocidade Supra-Máxima. 2002. [Dissertação (Mestrado) - Escola de Educação Física e Esporte, Universidade de São Paulo, São Paulo.]
MAYHEW, S. R.; WENGER, H. A. Time-Motion Analysis of Professional Soccer. Journal of Human Movement Studies, Edinburgh: Teviot, v. 11, p. 49-52, 1985.
MELO, R. S. Qualidades Físicas e Psicológicas e Exercícios Técnicos do Atleta de Futebol. Rio de Janeiro: Sprint, 1997. 133 p.
PERES, B. A. Estudo das variáveis antropométricas e de aptidão física de futebolistas japoneses e brasileiros. 1996. [Dissertação (Mestrado) - Escola de Educação Física e Esporte, Universidade de São Paulo, São Paulo.]
REILLY, T. Energetics of high-intensity exercise (soccer) with particular reference to fadigue. Journal of Sports Sciences, [S.l.]: E. & F.N. Spon, v. 15, p. 257-263, 1997.
PERES, B. A. Estudo das variáveis antropométricas e de aptidão física de futebolistas japoneses e brasileiros. 1996. [Dissertação (Mestrado) - Escola de Educação Física e Esporte, Universidade de São Paulo, São Paulo.]
REILLY, T. Energetics of high-intensity exercise (soccer) with particular reference to fadigue. Journal of Sports Sciences, [S.l.]: E. & F.N. Spon, v. 15, p. 257-263, 1997.
REILLY, T.; BANGSBO, J.; FRANKS, A. Anthropometric and physiological predispositions for elite soccer. Journal of Sports Sciences, [S.l.]: Taylor & Francis, v. 18, p. 669-683, 2000.
SANTOS, J. A. R. Preparador Físico: Realidade, logro ou utopia? Revista Horizonte, Lisboa: [s.n.], v. IX, n. 51, p. 101-112, set./out. 1992.
SANTOS, Ricardo Lima dos. Entrevista concedida a Emmanoel Da Costa Arrais. Fortaleza, 15 de outubro de 2008.
SCHMID, S; ALEJO, B. Complete Conditiong for Soccer. Champaign: Human Kinetics, 2002. 184 p.
SILVA, L.J.; ANDRADE, D.R.; OLIVEIRA, L.C.; ARAÚJO, T.L.; SILVA, A.P.; MATSUDO, V.K.R. Associação entre “shuttle run” e “shuttle run” com bola e sua relação com o desempenho do passe no futebol. Revista. Brasileira de Ciência e Movimento. São Caetano do Sul – São Paulo, 14(3): 7-12,2006.
VEIGA, J,C,F. O Jogador Profissional de Futebol do Estado do Rio de Janeiro: Aspectos Sociais, Educacionais de Formação Básica 1996. [Dissertação (Mestrado) - Escola de Educação Física e Desportos, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.]SANTOS, J. A. R. Preparador Físico: Realidade, logro ou utopia? Revista Horizonte, Lisboa: [s.n.], v. IX, n. 51, p. 101-112, set./out. 1992.
SANTOS, Ricardo Lima dos. Entrevista concedida a Emmanoel Da Costa Arrais. Fortaleza, 15 de outubro de 2008.
SCHMID, S; ALEJO, B. Complete Conditiong for Soccer. Champaign: Human Kinetics, 2002. 184 p.
SILVA, L.J.; ANDRADE, D.R.; OLIVEIRA, L.C.; ARAÚJO, T.L.; SILVA, A.P.; MATSUDO, V.K.R. Associação entre “shuttle run” e “shuttle run” com bola e sua relação com o desempenho do passe no futebol. Revista. Brasileira de Ciência e Movimento. São Caetano do Sul – São Paulo, 14(3): 7-12,2006.
.
.
Grande companheiro Benê, como está nosso Conselho Estadual de Esporte! Benê este teste que foi utilizado nesta pesquisa, o de agilidade, chamado de Triangulu Reversione (em latim), é de minha autoria. O Emmanuel deveria ter citado a fonte original de onde ele consultou, que é https://periodicos.unifor.br/RBPS/article/download/1843/1961, grande abraço meu amigo.
ResponderExcluir