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"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

quarta-feira, maio 13, 2009

Governador do Rio de Janeiro critica administração dos clubes brasileiros

Para Sérgio Cabral, os departamentos de futebol das agremiações devem ser encarados à parte do restante da estrutura

Equipe Universidade do Futebol

Na última segunda-feira, foi realizado, no Palácio da Guanabara, um evento comemorativo ao tricampeonato carioca conquistado neste ano pela equipe do Flamengo. No entanto, Sérgio Cabral, governador do Rio de Janeiro, preferiu, no seu discurso, criticar a maneira como os clubes de futebol são administrados no Brasil.

“Tenho discutido futebol com todos os clubes do Rio. É evidente que temos o melhor futebol do mundo, esses rapazes têm um talento insuperável. Só que o futebol está se tornando um negócio internacional no Brasil e esse fenômeno é absolutamente natural no mercado capitalista. Somos o maior celeiro do mundo, mas falta profissionalização”, comentou o governador do Rio de Janeiro.

Além de apontar para a importante adequação das agremiações à realidade que se vive no futebol, Sérgio Cabral também criticou o processo eleitoral das entidades esportivas, e sugeriu que os departamentos de futebol deveriam ser vistos à parte do restante do clube.

“Sinceramente, acho que um clube como o Flamengo não pode ter o futuro definido por ‘meia dúzia’ de dois mil sócios, entre eles e eu. É uma injustiça. O futebol é um caso à parte. Assim como no meu Vasco da Gama e em outros clubes. Temos que ter uma estrutura profissional. Os sócios podem decidir, mas juntamente com uma estrutura profissional. O clube deve ser tratado como empresa”, alertou o político.

O governador do Rio de Janeiro apontou o São Paulo como um exemplo a ser seguido pelas demais agremiações brasileiras, e se colocou em oposição aos críticos da Lei Pelé.

“O São Paulo não chegou onde chegou à toa. Se não é o ideal, é quem mais se aproxima de uma estrutura profissional. O mercado se estrutura, os jogadores também, mas os clubes também têm que fazer isso. Os clubes não se prepararam. Alguns criticam a Lei Pelé. Acho que ela foi uma grande carta de alforria para estes atletas, que eram reféns de estruturas antigas de clubes que não se modernizaram. Essa é a verdade”, disse Sérgio Cabral

Por fim, o político garantiu que, em breve, pretende repassar a administração do estádio do Maracanã para o setor privado. “Vamos largar o osso e deixar para o setor privado. Não é tarefa do governo administrar o Maracanã. No mundo inteiro isso não acontece. A responsabilidade do governo é dar segurança ao Maracanã e conceder para o setor privado os investimentos que o estádio precisa”, concluiu.

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Benê Lima