Escolher o Curso de Jornalismo pode não ser a melhor opção para um futuro jornalista.
O ESTADO DE SÃO PAULO publica anúncio de página inteira, com os seguintes dizeres:
“Qual É O Valor Do Conhecimento?
A Informação Está Em Todo Lugar.
Se Hoje Em Dia A Informação É De Graça:
Qual É O Valor Do Conhecimento?”
É uma excelente discussão para se pensar, especialmente para quem pretende escolher a profissão de jornalista no próximo vestibular.
De fato, a informação está em todo lugar.
Tal fato reduziu, e muito, o poder da imprensa sobre os políticos americanos.
Ainda existe uma saída para o jornalista, e que já foi testado e funciona e que implantei com sucesso na Revista Exame, e acredito seja a solução.
Criei na revista Exame o banco de dados das 1000 maiores empresas brasileiras.
Criamos conhecimento, publicávamos as melhores empresas, os benchmarks, as fórmulas de sucesso.
Criávamos nós mesmos o conhecimento que estávamos publicando.
A Exame pagou pelo conhecimento gerado, em vez de obtê-lo de graça dos entrevistados.
A Folha criou depois o Datafolha, com o mesmo objetivo: criar conhecimento.
A saída, como insinua o Estadão, é você pagar pelo conhecimento.
E, provavelmente, terá de pagar caro.
Terá de criar no jornal um conhecimento que ninguém mais tem, como fiz por 25 anos na Revista Exame, criando análises exclusivas sobre a economia brasileira, sob o ângulo do administrador.
Tais análises eram aguardadas todo ano: sucesso de banca por 25 anos.
Assim sendo, talvez a escola de jornalismo não seja a melhor opção, mas sim uma escola que ensine conteúdo: seja de sociologia, política, economia ou administração – uma das várias ciências ou assuntos que seu futuro jornal cobrirá.
E criar um núcleo de pesquisas, como fizeram a Folha e a Revista Exame.
É algo para se pensar.
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Benê Lima