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"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

domingo, julho 20, 2014

Copa do Mundo foi embora, mas má gestão em estádios permaneceu

Arenas esquecem padrão Fifa no trato ao torcedor

Por Duda Lopes / Máquina do Esporte

O futebol brasileiro retornou após a Copa do Mundo, mas nos gramados está a clara mensagem que pouco se aprendeu no trato ao consumidor. Nesta quinta-feira, a Arena Corinthians foi um retrato da situação.

Ainda que o acesso continue fácil e rápido, mesmo sem o “expresso Copa”, o horário da partida mostra o claro desdém com o público que frequenta estádios no Brasil. Às 19h30, a saída coincidiu com o pico do metrô e do trem paulistano. Além do transtorno de quem foi à Arena, a população em geral conviveu com uma lotação acima do normal; considere que o metrô da cidade é o mais cheiro do mundo. Não há nenhum argumento razoável para a partida não ser uma hora mais tarde. Nem mesmo televisão, o que seria um absurdo, teria essa necessidade, já que foram apenas três jogos na quinta-feira.

Na próxima quarta, a partida da Arena Corinthians será às 22 horas, o que significa que não haverá metrô e trem para o retorno. Ou seja, o principal modo de acesso não existirá. 

Dentro do estádio, a Polícia Militar deixa a sua marca. Ao barrar a circulação no entorno do estádio, um dos pontos positivos da Arena, houve confusão entre aqueles que queriam ir embora pelo trem. Acuados e espremidos, torcedores derrubaram as barreiras impostas. No caminho aberto, era preciso tomar cuidado para não escorregar nas fezes deixadas pelos cavalos da cavalaria policial.

Arena Corinthians não foi exceção. Na Arena Pernambuco, os transportes públicos sofreram com lotação e com a ausência dos serviços de Copa do Mundo. Na Arena Pantanal, relatos parecidos. Basicamente, o padrão Fifa foi embora com Blatter, e o torcedor brasileiro sendo absolutamente mal tratado.

Na Copa do Mundo, nenhum estádio teve menos de 90% de ocupação. No Campeonato Brasileiro, há um grande esforço para manter as arquibancadas vazias. A reestreia corintiana teve 32 mil presentes, quinto maior público do torneio deste ano. Foram liberados menos de 40 mil ingressos. Onde tinha espaço, o tíquete chegava a custar R$ 400. Na Arena Pernambuco e na Arena Pantanal, 6 mil e 7 mil presentes, respectivamente.

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Benê Lima