Com informações da Folha de S. Paulo (Ítalo Nogueira e Sérgio Rangel)
A CBF divulgou nesta sexta-feira (1°) as regras para a disputa dos direitos de transmissão da seleção até a Copa de 2022, incluindo partidas amistosas e das eliminatórias disputadas no Brasil. É a primeira vez que as regras da disputa se tornam públicas.
A CBF estipulou como lance mínimo US$ 3,5 milhões (R$ 11 mi) para os interessados em transmitir em todas as plataformas (TV e digital), e US$ 500 milhões (R$ 1,57 bi) para quem for transmitir apenas em dispositivos digitais.
O valor (US$ 4 milhões - R$ 12,6 mi) que a CBF pretende arrecadar é o dobro dos US$ 2 milhões (R$ 6,3 mi) cobrados no contrato atual com a Globo pelos direitos dos amistosos da seleção.
O modelo escolhido agrada à Globo, que temia por disputas diferentes para as TVs abertas e fechadas. A emissora perdeu o direito de alguns clubes brasileiros para o Esporte Interativo neste modelo.
Contudo, as regras permitem ofertas conjuntas de diferentes emissoras de TV aberta e fechada –como, por exemplo, se a Record e o Esporte Interativo se associarem.
"É bom lembrar que TVs abertas e fechadas competem entre si. Se dividir os pacotes [ofertas] em abertas e fechadas na verdade perde parte da exclusividade que estamos oferecendo", disse Patrick Murphy, CEO da Synergy Football, contratada para organizar a venda dos direitos de transmissão.
A disputa também permite o sublicenciamento, o que abre espaço para empresas de marketing esportivo comprarem o direito e revenderem para outras emissoras. Será exigido, nesse caso, um plano que garanta a transmissão das partidas.
O valor cobrado é maior do que o que provocou o impasse no amistoso entre Brasil e Colômbia, em janeiro. A CBF pediu R$ 6 milhões pelo direito de transmissão, o que não foi aceito.
A estimativa é que sejam realizadas 38 partidas no período, sendo as duas primeiras já em novembro, quando o time nacional fará dois amistosos na Europa.
O prazo para enviar ofertas é 19 de setembro.
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Benê Lima