Sinopse

"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

terça-feira, maio 06, 2008

DORIVAL JÚNIOR BOTA O DEDO NA FERIDA


Técnico do Coritiba cobra evolução nas análises sobre futebol

Para Dorival Júnior, crítica é responsável por lentidão no crescimento da modalidade
Equipe Cidade do Futebol

Campeão estadual com o Coritiba no último domingo, Dorival Júnior encontrou um argumento curioso para criticar o comportamento da mídia especializada no futebol. Segundo ele, as análises sem base teórica são responsáveis pela lentidão na evolução do esporte.

Depois da derrota por 2 a 1 para o Atlético-PR na Arena da Baixada, que confirmou o título do Coritiba no Campeonato Paranaense, Dorival Júnior aproveitou o momento de festa para cobrar uma mudança de postura da mídia especializada.

“O futebol brasileiro tem de mudar. Os analistas devem se qualificar um pouco para fazerem avaliações mais embasadas. Só assim é que poderemos passar uma imagem real do que acontece no futebol do país. Isso é fundamental para o esporte evoluir de acordo com o potencial que tem”, ponderou Júnior.

O comandante do Coritiba reclamou do tom ácido de algumas análises sobre o desempenho de sua equipe na atual temporada: “O futebol é o esporte mais rentável do mundo e esse tipo de crítica prejudica todo mundo que vive no esporte. É necessário entender o que está sendo feito e o perfil de cada trabalho antes de se reclamar”.


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Tivemos com Dorival Júnior uma ótima convivência, já que quando por aqui passou, fazíamos a cobertura mais amiúde da equipe que ele dirigiu, o Fortaleza Esporte Clube.

Dorival a mim se mostrou acessível, bom papo e, acima de tudo, muito cortês. Assumiu o Fortaleza no início difícil da administração Ribamar Bezerra, recaindo sobre si a intrincada e desafiadora tarefa de formar um time competitivo, a partir de um grupo do qual podemos relembrar nomes como: Coelho, Breno, Esquerdinha, Nivaldo, Carlinhos, Alan, Lázaro, Matheus Vivian, Marcelo Lopes, Rabicó, Válter, Damisson, Daniel Bamberg, Eusébio, Lelê, Anderson, Genilson, Jessuí, Ernandes etc.

Júnior - como era também conhecido - demonstrava possuir bom domínio da novíssima metodologia do futebol, mostrando-se atualizado e inteiramente receptivo ao aspecto multidisciplinar e interdisciplinar, demonstrando ainda certa receptividade à mais desafiadora concepção futebolística de nossa era, que é a adoção da transdisciplinaridade pelos que fazem o futebol.

Numa visão autocrítica, Dorival reconheceu como seu maior erro em sua passagem por aqui, ter aceito, por mero espírito cooperativo e solidário, um grupo de atletas que, não obstante a presença de três ou quatro nomes de peso, tratava-se de um grupo de pouca qualidade. Portanto, a tarefa de refundar um time praticamente do zero, pesou sobremaneira para inviabilizar o trabalho do dedicado e leal Dorival Júnior. Digo isso porque ninguém melhor que Ribamar Bezerra conheceu a conduta e a personalidade de Júnior.

Dos 'escudeiros' de Ribamar, creio que Dorival Júnior só foi superado por Toninho Cecílio, outra figura que foi tremendamente injustiçada pela 'falta da base teórica' sobre o futebol, a que o próprio Dorival fez menção.

Que a fala de Dorival Júnior, agora com maior prestígio e valorização, possa definitivamente ecoar na estreiteza das mentes que permeam esse futebol.


Benê Lima
benecomentarista@yahoo.com.br
85 8898-5106

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