Sinopse

"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

domingo, agosto 19, 2012

Opinião] Não é o que falam

Tostão

 

Tostão

 

“Tostão faz referências a opiniões das quais discorda, citando os nomes das pessoas que as emitiram, algo que muitas vezes fazemos, exatamente por não considerarmos isso falta de ética.” – (Benê Lima)

A seleção inglesa, campeã do mundo em 1966, inovou na parte tática. Pela primeira vez, um time jogou no 4-4-2, com duas linhas de quatro e mais dois atacantes. A defesa ficava mais protegida. Cada defensor tinha um secretário.

No Brasil, nesses 46 anos, poucas equipes atuaram dessa forma. Uma delas foi a seleção campeã do mundo de 1994. Agora, começa a ser mais frequente. Foi o que fez Mano Menezes, contra a Suécia, ao escalar dois volantes (Paulinho e Rômulo), Ramires, pela direita, Oscar, pela esquerda, não tão fixo quanto Ramires, formando uma linha de quatro. Os laterais, que costumam avançar muito, ficaram mais protegidos.

O esquema da moda (4-2-3-1), em todo o mundo, nada mais é que o antigo sistema inglês, disfarçado de moderno. Os dois jogadores pelos lados marcam ao lado dos volantes, formando também uma linha de quatro, e, quando recuperam a bola, avançam como pontas.

Após a Copa América, Ramires não tinha sido chamado até o jogo de quarta-feira. Na seleção, na função de volante, marcador e organizador, Ramires era confuso e errava passes demais. Perdia a bola e dava contra-ataques para o adversário. A maioria pedia sua saída. No Chelsea, melhorou muito quando passou a jogar pelos lados, mais pela direita, em uma linha de quatro, como fez contra a Suécia.

Nesse jogo, Ramires não atuou bem. A diferença é que o Chelsea, especialmente contra o Barcelona, jogou no contra-ataque, do jeito que Ramires gosta, para aproveitar sua velocidade. Como a Suécia ficou muito atrás e tinha um jogador à sua frente, Ramires não tinha espaço para correr. Ele é um desses jogadores que se destaca correndo. Se dominar a bola e parar, torna-se comum.

No dia seguinte ao amistoso com a Suécia, um torcedor, que encontrei em minha caminhada diária, na tentativa de "esticar as canelas" mais tarde, repetiu as mesmas críticas de Casagrande, acompanhado por Galvão Bueno, de que Ramires estava na posição errada, diferente da que joga no Chelsea.

Era justamente o contrário. Ele jogou pela direita, aberto, como em seus melhores momentos no time inglês e também no Benfica.

Galvão Bueno e alguns comentaristas deveriam acompanhar mais o futebol internacional. Os erros são frequentes. Galvão Bueno e Falcão, em um jogo do Barcelona, durante uns 30 minutos, até alguém avisar, chamavam o lateral esquerdo brasileiro Maxwell de Milito, zagueiro argentino.

Nesta última semana, Nelson Piquet fez 60 anos. Torci mais para ele do que para Ayrton Senna. "Piquet era mais real e menos ideal", escreveu Fábio Seixas.

Em uma entrevista, após parar de correr, Piquet disse que, ao assistir às corridas pela TV, estava impressionado com tantas besteiras que dizia Galvão Bueno.

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Benê Lima