Sinopse

"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

sábado, setembro 08, 2012

Juliana Cabral, ex-jogadora e comentarista da Rádio Globo

Capitã da seleção na campanha dos Jogos de Atenas fala de René Simões e o que mudou no esporte
Equipe Universidade do Futebol

Os pais não foram muito receptivos de início, mas a pequena Juliana, dois anos mais nova que o irmão, se amparou a ele para brincar de bola. Seja na escola, na rua, ou mesmo em casa, a menina da família Cabral expressava o desejo de estar em quadra e em campo.

“Meu irmão jogava muito, mas não gostava de treinar, então, não deu certo. Meu pai apostou todas as fichas em mim e minha mãe me levou pra fazer um teste numa equipe de modelos de futebol de salão”, relembra a atual comentarista Juliana Cabral, que integra o time de transmissão da tradicional Rádio Globo, em São Paulo.

Depois de passar no teste e dar o pontapé inicial na trajetória profissional, aquela equipe se juntou ao Saad, que era uma equipe pioneira no futebol feminine brasileiro. Juliana foi morar em Indaiatuba e aí o rumo foi traçado.

Na seleção brasileira desde os 15 anos de idade, a defensora, que tinha na polivalência uma das principais características, passou por grandes clubes, como São Paulo, Corinthians, Vasco, além de formações ligadas a prefeituras, como Jaguariúna e São Bernardo. Além disso, tem assinadas no currículo duas experiências fora do país – uma na Suécia, no Kopaberg Goutemburg, e outra nos Estados Unidos, pelo Bay State Select, equipe que concorria em um nível abaixo da liga profissional.

“Quando fui pra Indaiatuba é que as coisas realmente começaram acontecer. Eu já treinava duas vezes por dia, jogava nos fins de semana, de início mais no futebol de salão e começaram a ter os campeonatos de campo depois que a seleção voltou de Atlanta, em 1996”, conta Juliana.

A base do time do Saad passou a ser o referencial da seleção, com Cici, Formiga, Tânia Maranhão, Roseli e a experiência adquirida naquele meio, admite a ex-jogadora, foi muito relevante para ela poder dar um passo além na carreira.

Nesta entrevista em vídeo concedida à Universidade do Futebol, Juliana Cabral fala sobre a sua formação, a preparação para os Jogos Olímpicos de 2004, quando foi capitã da equipe verde-amarela, a importância de René Simões para o desenvolvimento da modalidade e por que nada mudou com a conquista da medalha de prata em Atenas.
 

Universidade do Futebol apresentou websérie sobre o futebol olímpico; reveja

TRAJETÓRIA PROFISSIONAL


"Meu pai apostou todas as fichas em mim e minha mãe me levou pra fazer um teste numa equipe de modelos de futebol de salão. Eu passei e aí comecei a minha trajetória e mais pra frente a equipe se juntou com o Saad, que era pioneira no futebol feminino".
(Juliana Cabral)


 

COMO ERA A CONVIVÊNCIA NA VILA OLÍMPICA?

"Nós fizemos essa cartilha e decidimos que como a gente estava muito focada pra buscar a medalha, decidimos que a todo momento a gente faria tudo junto".
(Juliana Cabral)



 

A IMPORTÂNCIA DE RENÉ SIMÕES PARA O FUTEBOL FEMININO

"Quando o René veio, ele tirou várias coisas do futebol feminino. Não era cada um no seu quadrado. Era futebol, ocupação de espaço e acho que ele implantou isso, algo que até então não tinha". 
(Juliana Cabral)



 

 

NA SELEÇÃO, COMO FOI A PREPARAÇÃO PARA AS OLIMPÍADAS DE 2004?

"Foi a primeira vez que tivemos fisiologista e todo um acompanhamento do que realmente acontecia com nosso corpo durante a preparação. Psicólogo, nutricionista, etc. Nunca havíamos tido um ginecologista".
(Juliana Cabral)
 


 

A HISTÓRIA DA BOLINHA DE TÊNIS

"(...) era uma forma de a gente nunca esquecer porque estava passando por tudo aquilo, por que a gente estava se submetendo a tudo aquilo: a deixar família, de sair, namorar, fazer uma série de coisas, às vezes até estudar, para poder estar ali focada e transformar aquela bolinha na medalha olímpica".
(Juliana Cabral)


 

AS DIFICULDADES DO FUTEBOL FEMININO

"Às vezes, eu costumo citar muito o Santos, mas nós tivemos uma época do São Paulo, do Saad, em que você concentra forças em uma equipe só. Todos os patrocinadores em uma só equipe. De que adianta?".
(Juliana Cabral)





A IMPORTÂNCIA DAS OLIMPÍADAS PARA O FUTEBOL FEMININO

"Pra mim, as Olimpíadas é top. É o máximo que o atleta pode alcançar e a visibilidade é completamente diferente"
(Juliana Cabral)





A EXPERIÊNCIA COMO CAPITÃ DA SELEÇÃO BRASILEIRA

"Além de ser a voz do treinador dentro de campo, ela tem que estar atenta ao grupo, ao convívio, se tem algum problema, se ela consegue resolver aquilo ou tem que levar à comissão técnica"
(Juliana Cabral)




 

AS MUDANÇAS APÓS SE APOSENTAR DOS GRAMADOS

"Para o homem já é muito difícil, e ele tem toda a estrutura, ganha muito dinheiro, pode fazer o pé-de-meia. Para a mulher, não. É completamente diferente"
(Juliana Cabral)


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Benê Lima