Treinadores que entendem
a alma do jogador
Eugenio Goussinsky
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O time do Palmeiras não só tem tudo para ser o campeão paulista de 2008 como também entra no Campeonato Brasileiro na condição de um dos principais favoritos ao título. O técnico Vanderlei Luxemburgo conseguiu transformar um elenco controvertido em uma equipe sólida, extraindo o melhor de cada jogador.
Quem fazia isso com maestria era o técnico Telê Santana. Rígido, mas também patriarcal, o mestre Telê sabia como ninguém explorar as melhores qualidades de seus comandados. Encaixava cada um deles dentro do esquema, como uma peça de quebra-cabeças. Vendo-os jogar, parecia que não se esforçavam muito, que faziam tudo com facilidade, por estarem sempre bem colocados.
Exemplos são muitos. Um deles foi o meia Palhinha, que, com Telê Santana, encontrou espaço para dar vazão ao seu futebol criativo, mesmo sendo um jogador mirrado em meio a um futebol cada vez mais adepto à presença de grandalhões. Cafu também evoluiu demais com Telê.
Luxemburgo, de uma maneira mais espalhafatosa e sofisticada, faz um trabalho similar. Colocando o antes meia Léo Lima na função de segundo volante, ele redescobriu um jogador fadado ao ostracismo por suas dificuldades de se encaixar em um time. Também ajudou a redescobrir o futebol de Denílson e de Kléber, colocando-os em funções totalmente compatíveis com suas características.
Mas além de toda essa intuição tática dos treinadores, ambos – Telê e Luxemburgo – sabem lidar com algo ainda mais importante: o lado psicológico. Luxemburgo passa confiança ao jogador, incentiva quando ele erra, cobra apenas nos momentos necessários e de uma maneira adequada, sem ferir egos e sem causar rancores.
Telê, mais sisudo e rude, fazia o mesmo, à sua maneira. Nenhum deles poderia ser considerado um doutor em psicologia, mas ambos apresentaram um dom intuitivo de lidar com pessoas.
Justamente por serem profissionais conscientes de que o bem-estar do jogador é fundamental para o conjunto, Luxemburgo e Telê podem ser considerados, em minha opinião, os maiores treinadores do Brasil em todos os tempos.
Quem fazia isso com maestria era o técnico Telê Santana. Rígido, mas também patriarcal, o mestre Telê sabia como ninguém explorar as melhores qualidades de seus comandados. Encaixava cada um deles dentro do esquema, como uma peça de quebra-cabeças. Vendo-os jogar, parecia que não se esforçavam muito, que faziam tudo com facilidade, por estarem sempre bem colocados.
Exemplos são muitos. Um deles foi o meia Palhinha, que, com Telê Santana, encontrou espaço para dar vazão ao seu futebol criativo, mesmo sendo um jogador mirrado em meio a um futebol cada vez mais adepto à presença de grandalhões. Cafu também evoluiu demais com Telê.
Luxemburgo, de uma maneira mais espalhafatosa e sofisticada, faz um trabalho similar. Colocando o antes meia Léo Lima na função de segundo volante, ele redescobriu um jogador fadado ao ostracismo por suas dificuldades de se encaixar em um time. Também ajudou a redescobrir o futebol de Denílson e de Kléber, colocando-os em funções totalmente compatíveis com suas características.
Mas além de toda essa intuição tática dos treinadores, ambos – Telê e Luxemburgo – sabem lidar com algo ainda mais importante: o lado psicológico. Luxemburgo passa confiança ao jogador, incentiva quando ele erra, cobra apenas nos momentos necessários e de uma maneira adequada, sem ferir egos e sem causar rancores.
Telê, mais sisudo e rude, fazia o mesmo, à sua maneira. Nenhum deles poderia ser considerado um doutor em psicologia, mas ambos apresentaram um dom intuitivo de lidar com pessoas.
Justamente por serem profissionais conscientes de que o bem-estar do jogador é fundamental para o conjunto, Luxemburgo e Telê podem ser considerados, em minha opinião, os maiores treinadores do Brasil em todos os tempos.
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Benê Lima