"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."
Responsabilidade social: alguns entendem, muitos falam, mas poucos colocam em prática
A maioria das corporações possui missão e valores disponíveis e acessíveis aos seus colaboradores, seja em seu site, em cartazes fixados nos murais ou em cartilhas explicativas. Porém, mais do que disponibilizar essas informações, as empresas devem facilitar o entendimento desses conceitos
PorLuiz Gabriel Tiago , Administradores.com
Toda empresa tem a obrigação de oferecer um ambiente de trabalho saudável para seus colaboradores, com infraestrutura satisfatória, ambientes físicos limpos, manutenção das dependências sempre em dia e, principalmente, a garantia de um bom relacionamento interpessoal entre as equipes – visando a qualidade de vida dentro e fora da empresa.
A maioria das corporações possui missão e valores disponíveis e acessíveis aos seus colaboradores, seja em seu site, em cartazes fixados nos murais ou em cartilhas explicativas. Porém, mais do que disponibilizar essas informações, as empresas devem facilitar o entendimento desses conceitos, pois são eles que mantêm vivos a essência da corporação e o engajamento individual de seus profissionais.
Alguns valores são comuns entre as empresas, como a ética, a atitude, o comprometimento, o engajamento, a responsabilidade, entre outros. Mas, e a sustentabilidade? Quantas dessas empresas ainda ignoram a necessidade da preocupação com a sociedade e a preservação do meio ambiente? E quem deveria dar o primeiro passo ao "fazer o bem" dentro do ambiente profissional: as lideranças ou os liderados?
Na verdade, qualquer um pode iniciar uma campanha que envolva o engajamento com causas ambientais. Isso é iniciativa e proaatividade! É importante dizer que a educação ambiental começa dentro de casa quando ensinamos nossos filhos a não jogar lixo pelas ruas, não sujar áreas de preservação ambiental, reaproveitar insumos ou materiais para reciclagem, não desperdiçar água ou energia elétrica, enfim, atos simples e que podem/devem ser migrados quando somos contratados por qualquer empresa – engajada nisso ou não.
Os líderes devem estar aptos a conscientizar suas equipes a colaborar com os programas e projetos adotados na empresa, visando assim a preservação dos recursos naturais. Isso é uma questão de capacitação, e bons treinamentos colaboram para esse "despertar" individual que pode se espalhar pelos corredores. Quando uma pessoa se envolve em uma iniciativa de corpo e alma, acaba "contaminando" os outros colegas. Portanto, não é tempo de desperdiçar energia nas empresas. Todos são agentes potenciais de transformação!
Costumo dizer que não existe empresa rica em comunidade pobre. Essa afirmação está baseada nos princípios de uma gestão realmente "gentil" e transformadora. Seriam idiossincrasia e antagonismo grandes considerar os resultados como satisfatórios se em minha volta existem a pobreza, a desigualdade social, o desemprego e a falta de infraestrutura básica. Nossas empresas têm, sim, o dever de considerar seu entorno e se responsabilizar por isso. Não ouso dizer que a empresa "x" é a única responsável por exterminar toda a miséria em seu entorno, mas exerce papel fundamental sobre isso.
Adotei algumas ações sustentáveis em meus programas de treinamentos e palestras para as empresas que desejam capacitar e informar seus colaboradores. Uma delas foi trocar as apostilas impressas por CDs, já que a quantidade de papel utilizada nos encontros era muito grande. Em 2011, 6.000 pessoas em todo o Brasil participaram do treinamento "Gentileza Estratégica nas Empresas", recebendo cada um o material didático com 20 páginas de folha sulfite. Em 2012, com a adoção da sustentabilidade, deixamos de "jogar" na natureza mais de 120.000 impressões que seriam, sem dúvida, descartadas logo após o evento (aproximadamente 600 kg – quase 1 tonelada).
A responsabilidade social e comunitária engloba ações simples do dia a dia que todos podem contribuir. Por exemplo, contratar mão de obra local, desenvolver programas de interação empresa X comunidade, investir em organizações locais filantrópicas ou do terceiro setor ou, simplesmente – acreditar na solidariedade.
Os pilares de uma empresa gentil são responsabilidade social, preocupação com o meio ambiente natural, qualidade de vida dos colaboradores e gestão estratégica. Ou seja, abraçar todos os valores que uma corporação busca para atingir a sua saúde financeira e social. Preocupar-se com o capital humano interno e externo é garantia de sucesso; sucesso duradouro e não passageiro, como a vida.
Luiz Gabriel Tiago–é escritor, palestrante e consultor em treinamentos. Conhecido como Sr. Gentileza, aborda em suas apresentações, cursos e treinamentos a gentileza no ambiente profissional, qualidade no atendimento e capacitação profissional. Ganhador do Prêmio "Ser Humano 2012", da ABRH, com o melhor treinamento do Brasil, Sr. Gentileza é autor de dois livros e diariamente dá dicas sobre os Princípios da Gentileza em seu sitewww.srgentileza.com.br.
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