Sinopse

"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

terça-feira, março 19, 2013

Felipe Ximenes, superintendente de futebol do Coritiba

Objetivo é chegar em 2016 com 60% dos atletas genuinamente formados dentro do clube

Bruno Camarão
 
 

Em meados da década de 1980, quando cursava a faculdade de Educação Física, Luis Felipe Ximenes sentia que tinha um perfil próprio de estratégia, de planejamento. O jovem que sempre gostou desses processos adquiriu o conhecimento da área técnica, o que o ajudou bastante para fortalecer os conceitos administrativos e de gestão.

Com mais de vinte anos de experiência no mundo do esporte, tendo passado por diversos clubes, como Vasco da Gama, Fluminense, Cruzeiro, Atlético Mineiro e Botafogo, Ximenes assumiu a superintendência de futebol do Coritiba em maio de 2009 para a disputa da Série A no ano do centenário do clube.

A temporada, entretanto, foi finalizada com uma traumática queda à segunda divisão nacional, e com integrantes de uma torcida organizada protagonizando uma batalha campal no gramado do estádio Couto Pereira. Ximenes e o técnico Ney Franco permaneceram no Alto da Glória e tiveram a missão não só de recolocar a equipe principal na elite, como também recuperar o orgulho da massa coxa-branca.

O Coritiba se reorganizou e teve um excelente 2010, com os títulos paranaense e da Série B – atuando o primeiro turno inteiro desta competição com o mando longe da capital, em Joinville. Com o requisitado profissional, o clube alviverde ainda faturaria mais dois Estaduais, em 2011 e 2012, o título de “Clube Mais Vitorioso do Mundo”, além da chegada por duas vezes consecutivas à final da Copa do Brasil.

“Penso no futebol como uma cadeia de formação, toda ‘linkada’, e é natural que todas as categorias competitivas estejam sob o guarda-chuva de uma mesma superintendência”, explica o homem que está à frente de tudo isso.

Na atual estrutura, há uma superintendência de futebol, exercida pelo próprio Ximenes, e outra administrativa, que cuida da área de estádio, infraestrutura e marketing. Abaixo disso, há seis gerentes, que atuam em todas as etapas, a partir do sub-11.

“Talvez seja um grande diferencial nosso: unificar o departamento de futebol como um todo”, avalia Ximenes.

O gabaritado executivo da modalidade revela que tem um cotidiano de muita intensidade e volume. Para ele, o planejamento estratégico serve como parâmetro para balizar as ações diárias. Com os membros do “G-5” (presidente mais quatro vices amadores), ele monta a estratégia e, a partir daí, assume a responsabilidade do tático e do operacional.

Ximenes avalia que é muito importante na gestão, não só de futebol, o trabalho de médio e longo prazo. E demonstra orgulho de estar há quatro anos no Coritiba, com um plano traçado até 2017. “Depois disso, entra a gestão de pessoas, com toda a volatilidade que o futebol tem”, acrescenta.

Nesta entrevista concedida à Universidade do Futebol, cujo conteúdo você pode ouvir na íntegra, no player abaixo, Ximenes fala um pouco mais sobre o processo de seleção, detecção e captação de talentos na agremiação, algo que serve para todas as categorias, desembocando no grupo principal de atletas.

“A gente tem um projeto chamado de ‘Coritiba do Futuro’. O objetivo é chegar em 2016 com 60% dos atletas genuinamente formados dentro do clube”, projeta.

Além do desafio importante a ser alcançado pelo departamento, ele fala um pouco mais sobre o SADE, um software com mais de 80 usuários que alimentam os dados individuais e coletivos do Coritiba, enaltece o potencial do treinador Marquinhos Santos e explica por que o meia Alex aceitou regressar à casa que o criou depois de quase dois anos de conversas.

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Benê Lima