(Comentário feito sobre o artigo do secretário Ferruccio Feitosa da Secopa no O POVO deste sábado. Link do artigo)
Foto: Benê Lima
A visão elitizada do poder e a sanha do capitalismo por lucro não permitirá, sem uma mediação firme, que o equipamento público seja acessível às classes mais carentes.
Temos enaltecido tal qual a maioria, a capacidade do secretário Ferruccio Feitosa, sobretudo como um tocador de obras. Não há discussão plausível neste tocante. No entanto, eu, como cidadão, como desportista, como membro do Conselho do Desporto do Estado do Ceará (CDEC), digo que é preciso mais, muito mais para que as camadas menos favorecidas da população possam ter acesso ao equipamento.
O Castelão só será verdadeiramente do povo cearense quando a população nele sentir-se incluída. Nem que seja por cotas, mas que de fato se faça representar. E para tanto, o papel do governo através da Secopa e da Sesporte deve ser o de promover essa INCLUSÃO, desse modo democratizando o seu acesso.
O primeiro ponto dessa inclusão é a adoção, por parte do governo, de uma postura a favor dos interesses dos clubes cearenses – especialmente de Ceará e Fortaleza -, a fim de que eles celebrem um contrato de (quase) exclusividade que os desonerem, e não que os onerem ainda mais. Essa é a verdadeira parceria que a eles interessa.
O segundo, mas também essencial ponto é o governo chamar para si a responsabilidade de promover a inclusão da parcela mais carente da população, estabelecendo para a execução dessa tarefa uma reserva de 0,3 a 0,5% da capacidade de público do Castelão, destinando-a a programas que contemplem a inclusão social e a formação do torcedor do futuro, especialmente com crianças e jovens da escola pública. Assim, estaremos atuando na formação do cidadão-desportista, de modo a promovê-lo a cidadão incluído, educando-o quanto ao trato adequado com o patrimônio público.
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Benê Lima