Sinopse

"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

segunda-feira, março 15, 2010

(15.03.2010)
COM PÉ E CABEÇA ® – ANO V – Nº173


”Não me preocupa ter que agradar às pessoas, senão pelo desvendamento da verdade, o que representa, verdadeiramente, a prática do mais elevado padrão ético.” (Benê Lima)


Opinião - 1
UMA VISÃO PRAGMÁTICA PARA O FUTEBOL


O futebol, como coisa de humanos, precisa que sobre ele se lance um olhar mais racional, menos ideológico e mais cooperativo


Anos e anos decorrem sem que possamos assistir à chegada definitiva do profissionalismo no futebol cearense, em termos de sua gestão. E a razão é simples e de fácil identificação. Na verdade, nossos dirigentes ainda não conseguiram desassociar sua condição de torcedores da de dirigentes. E isso acaba fazendo com que eles tenham pelo menos quatro discursos: um para si; outro para a platéia-torcedora; mais um para os órgãos de comunicação; e outro para ambientes fechados.

O que temos observado é que os meios de comunicação se servem dos três últimos, por terem maior acessibilidade. E, esta observação já nos permite enxergarmos as contradições e incoerências dos discursos, identificando assim a falta de maturidade e de convicção de nossa classe dirigente.

O pior de tudo é que esse tipo de atitude produz um subproduto, que pode ser expresso pela incapacidade da categoria em gerenciar suas massas torcedoras. Desse modo, desvencilham-se do ‘cajado’ com o qual deveriam conduzir o ‘rebanho’, e acabam posicionando-se num meio-termo contraproducente, como numa tentativa de servirem a dois ‘senhores’ de atitudes antagônicas, por isso, inconciliáveis.

Entendemos, portanto, que a condição de dirigente é muito mais desafiadora do que se supõe. Pois, os desafios não se restringem somente à gestão do clube – o que se assim fosse já seria muito. Conduzir a massa torcedora e fazer-se modelo a ser seguido, eis uma tarefa que, embora acessória, é provida de uma importância didática de grande dimensão.

- Dirigentes: abandonem o casuísmo e deixem de demagogice!



Opinião - 2
AH! RIBAMAR, POR QUE NÃO TE RENOVAS?


A mais nova entrevista do Ribamar é a reafirmação do culto à personalidade, o penúltimo estágio antes da egolatria


Tenho grande respeito pelo cidadão Ribamar Bezerra, por sua luta e por suas conquistas, e por ele não ser um cínico assumido. Todavia, faço algumas restrições ao dirigente, por seu discurso quase sempre recorrente, além de eivado por certa dose de rancor contra os maus cronistas esportivos, e de nenhum respeito pelos bons.

Além disto, Ribamar parece achar que pelo fato de ter um diploma de jornalista está capacitado a deitar falação sobre como fazer jornalismo e radialismo.

Ademais, esquece que ter dinheiro é também uma questão de oportunidade, e não só de talento e competência.

Felizmente, o capital intelectual não é monopólio da classe média alta, bem como de nenhuma outra que vá de A a Z.

Aliás, certa vez, demonstrando considerável dose de transparência - o que é louvável - Ribamar admitiu sua vaidade em tom ligeiramente autocrítico, mas na verdade ainda não conseguiu alcançar a maturidade para fugir dos excessos verborrágicos.

Digo isto, com a mesma isenção com que fiz duas colunas para um site de São Paulo em 2006, elogiando o trabalho de Ribamar Bezerra.

E vale dizer que já sofri ameaças de um torcedor do Fortaleza, pelo fato de haver feito umas poucas críticas à administração de Ribamar.

O grande equívoco que vejo no tocante às críticas, é que tanto o torcedor sectário quanto o próprio Ribamar, imaginam que só quem pode criticar o dirigente é quem tem maior patrimônio, maior saldo bancário e mais diplomas que eles.

Pena a visão preconceituosa de vincular capital intelectual a capital financeiro. Pena!



BREVES E SEMIBREVES

Ferroviário

prova que há muita bravata em seu noticiário, por parte de alguns repórteres. Não suportou um Ceará em fase de transição, ainda em busca do padrão da temporada passada. Vitória incontestável do Alvinegro de Porangabussu, sobre um time que sequer começa por um bom goleiro.

Ceará
finalmente reconduz à sua equipe um meia de armação, também com característica de meia-atacante: Geraldo é seu nome. De quebra, ainda traz Erick Flores, que tanto pode ser opção como parelha. Agora o campeonato deve começar para o Vozão.

Fortaleza
começa a perceber que não conseguir tomar gols vale um ponto.Turato já não complica diante de atacantes meia-boca e de ataques ruins como o do Maranguape, o que representa um avanço. Betinho jogando mal ainda é, disparado, o melhor dos atacantes tricolores. Tatu é menos pior que Rinaldo. Já Bismarck não agüenta jogar noventa minutos porque tem para carregar uma máscara maior que ele. Não falo de Eusébio porque hoje foi seu aniversário de cem jogos, dos quais noventa de fraco futebol.

Cleston Santino:
é pose demais e critério de menos. Coragem indômita na aplicação do primeiro amarelo, mas amarela na aplicação do segundo ao mesmo atleta. Nem ele nem Carolina Romanholi viram o pisão que Ronaldo deu – embora tenha parecido sem o querer - no atleta do Maranguape.



Benê Lima
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