Trechos da ENTREVISTA do presidente licenciado do Ceará Sporting Club, Evandro Leitão, em que faz referência, segundo ele, a pessoas não qualificadas que não tem condição de ter programa de rádio, coluna em jornal e programa de televisão.
Apesar de uma administração 'redentora' e a qual reputo como a melhor de todas na história do futebol cearense, Evandro também demonstra uma faceta populista que não se coaduna com um grande líder. Afinal, um verdadeiro líder não se deixa conduzir pela massa, pois que ele tem a consciência de que é ele quem a conduz.
Veja alguns trechos da fala de Evandro.
"Enquanto nós tivermos à frente do clube nós não iremos baixar a cabeça pra elas...", declara Evandro, referindo-se às 'pessoas desqualificadas'.
E continua: "Que a torcida não escute, não leia colunas, não escute programas de rádio, nem assista programas de televisão de pessoas desqualificadas, pessoas que não tem a menor capacidade, pessoas que já tem 80 anos de rádio e nunca viram uma bola de futebol na frente, nunca deram nem um chute, quanto mais emitindo opinião sem tá dentro do clube, tentando de alguma forma baldiar (sic) o nosso ambiente...", diz de maneira confusa o presidente licenciado Evandro Leitão.
Prossegue Evandro: "O torcedor só deve escutar realmente rádio que digam a verdade sobre o Ceará, e não programas que falam mentira (sic), programas que criam situações pra conturbar o ambiente e ainda falam que é (sic) imparcial, que é independente. Que programa imparcial e independente rapaz! Cara falando besteira. Ele podia botar o pijama dele e se aposentar."
E Evandro vai em frente: "E eu não tenho rabo preso, eu não tenho medo pra pessoas desse nível. É por isso que o futebol cearense ele demorou a crescer: porque as pessoas se curvavam a esse tipo de pseudo cronista. Cronista sem o menor conhecimento, sem a menor qualificação e ainda se autodenomina imparcial e independente. Imparcial e independente pra ter os outros debaixo dos braços eu não admito nem quero. Ele pode tá todo dia em coluna de jornal, em rádio, em televisão, mas eu não vou me curvar não."
E a metralhadora de Evandro continua disparando: " Enquanto eu tiver saúde e paixão, amor pelo clube que eu venho ele é que vai ter que tratar o Ceará, ele vai aprender a respeitar a instituição Ceará, coisa que nunca o fez. Nunca respeitou a instituição, sempre tentou manipular a instituição pra si..."
Evandro Leitão ainda censurou o estilo que tripudia, faz chacota. Continua. "Cê pega um programa de televisão pra cá e leva um palhaço com nariz de palhaço, isso aí você tira o nível de programas esportivos que nós temos."
Evandro reconhece que não 'pode' aplicar seus rótulos a todos os programas e profissionais, mas continua disparando: "Programas pontuais como esse, programas sem a menor qualificação - certo? - programa de um nível muito baixo, isso aí a gente só tem ééé... a gente fica triste, fica triste porque o futebol não merece isso não. O futebol merece é que a gente tenha um nível elevado de discussões. E pra você ter audiência não precisa você baixar o nível não.”
Evandro ainda fez referência, sem citar nomes, a pessoas que, consoante ele, fizeram opção por baixar o nível de seus programas para atraírem audiência e que estão aí quase sem espaço e até fora do ar. Lamentou também que os dirigentes fiquem expostos a esse tipo de pessoas de 'baixo nível'.
Ele [Evandro] solicitou à torcida do Ceará que "não assista, não escutem (sic), não leiam (sic) – certo? - e se quiser assistir, ler, é muito fácil: qualquer notícia do clube tá no site oficial do clube".
A relação de Evandro com certas pessoas da crônica ‘segmentada’ me faz lembrar o que dizia o polêmico Jânio Quadros, que apregoava que o excesso de liberdade [ou de intimidade] é perigoso: com mulher termina em gravidez, e com criança você acaba sendo vítima de urina ou fezes [ou os dois].
Esta entrevista de Evandro não condiz com o grande dirigente esportivo que ele tem sido. Ora ele usa o plural quando deveria usar o singular [para não cair no erro da generalização], ora, por descuido, utiliza o singular indevidamente [o que denota um assomado personalismo, de natureza idiossincrásica]. Além disto, Evandro expressa conceitos frágeis sobre o futebol e sobretudo sobre a formação e a atividade do cronista esportivo, seja ele radialista ou jornalista.
Dos torcedores de microfone, infelizmente ele não fala, preferindo omitir-se.
Do programa dito oficial do clube ele não faz autocrítica nem é questionado pelos ‘blindadores’ e pelos ‘pseudos radialistas’ [torcedores de microfone].
Eis, portanto, um caso típico de quando calar vale mais que falar. É o excesso de exposição midiática por parte de quem sequer passou por um "mídia training" que cria tais lambanças, eivadas por assomadas doses de jactância.Boa reflexão a todos e a todas.__________________
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por seu comentário.
Em breve ele será moderado.
Benê Lima