A situação é bem diferente daquela do início do campeonato, em que o Alvinegro foi goleado impiedosamente pelo caçula da competição. Equiparada física e tecnicamente aos competidores de melhor desempenho, à equipe de Porangabuçu não resta alternativa outra que não seja a de brigar com todas as suas forças pela conquista do 2ºTurno, a Taça Cidade de Fortaleza.
Até que ponto a situação de incúria que caracterizado a administração do Vozão afetará o desempenho da equipe, só esperando para ver o que acontecerá. O técnico Heriberto da Cunha, que vem sendo colocado sob polêmica como se a ele coubesse toda a culpa pelo desgoverno do clube, procura trabalhar em todos os níveis necessários, embora saibamos não ser esta a função do treinador.
O Horizonte segue firme e forte. Após a saída do atacante Maurílio, Raul (ex-Gama) e com vínculo junto ao Goiás, volta a integrar o elenco horizontino, desta feita na 1ªDivisão cearense. A direção da equipe ainda tenta mais duas contratações: um atacante e um zagueiro. A experiência de ter estado na semifinal do 1ºTurno certamente fortaleceu a estrutura emocional da equipe. Se mantiver o nível de aplicação e concentração do 1ºTurno dará muita dor de cabeça para seus concorrentes.
Itapipoca, sob protesto, pega o Ferrão às 21h45min
Em jogo da TV, após o BBB - horário dos mais incômodos – o time de Eudi Assunção encara o Ferroviário do técnico Fernando Polozzi, na expectativa de ter uma participação menos apagada que a do turno inicial.
O Ferrão vai brigar para estar entre os quatro semifinalistas, tendo para tanto promovido algumas alterações em seu elenco e em sua comissão técnica. Polozzi terá como desafio ostentar uma personalidade de verdadeiro líder, para motivar não só os atletas, mas também os dirigentes corais.
Na quinta, é a vez do Fortaleza avançar sobre o Boa Viagem
Um Leão cabreiro por haver sido desbancado dentro de casa pelo intrépido Icasa, dá início à sua corrida pelo troféu que tem seu nome - Taça Cidade de Fortaleza – e pelo laurel que a conquista de mais um título cearense para si representa.
O irrequieto treinador Silas Pereira permanece - decisão que me parece acertada quando vista pela ótica da valorização da estabilidade em favor do planejamento. O ‘soccer’ leonino tem como seu principal desafio interno, compor um sistema de contenção que se mostre mais eficiente e menos instável. E isso passa pelo meio-campo do Tricolor. Por sinal, não jogam nem Rogério nem Erandir. Ótima oportunidade para Silas fazer suas avaliações.
O Boa Viagem do técnico Danilo Augusto vem embalado por sua recuperação na reta final do 1ºTurno e pela condição de ter cinco partidas em seu reduto. Contudo, em circunstâncias normais não me parece páreo para o Time do Pici.
Os ‘grandes’ que pensam pequeno
Ceará e Fortaleza são useiros e vezeiros na ‘arte do improviso’. Arte que, é bom que se diga, está muito mais para engenhoca e invencionice. Como pensar em acomodar um público que, historicamente, em média dá mais que o dobro da capacidade de seus arremedos de estádios? Como introduzir em tempo inexeqüível, todas as necessidades básicas que suas praças esportivas estão a reclamar?
Como matemática é uma ciência exata, proponho que os dirigentes de Ceará e de Fortaleza dotem seus torcedores de condições mínimas de ‘habitabilidade’ em nossa principal praça esportiva, o Castelão, e reparem como será bem mais fácil e cômodo manter os jogos longe de ‘responsabilidades’ adicionais.
Por que não se pensa seriamente numa ‘revolução de costumes’, em relação ao fazer futebolístico como evento? Será que não existe ninguém neste futebol que tenha motivação (tesão, mesmo) para, pelo menos, tentar introduzir as mudanças pelas quais tanto espera o torcedor cearense? Da condição de gado à de cliente, é apenas isso que o torcedor tanto almeja. E por que a normalidade não é mais possível?
Sabemos das dificuldades de uma sociedade sitiada pelo banditismo. Mas, e daí: vamos todos desistir de sermos criativos?
Essa verdadeira capitulação do futebol, como evento, à falta de segurança que nos atinge a todos (e não só o futebol) pode representar um período ainda mais complicado para a sobrevivência dos nossos clubes, sobretudo para Ceará e Fortaleza, ainda tão dependentes da arrecadação de seus jogos.
A mágica dos estádios que esticam
Dia desses se dizia que a capacidade do estádio Alcides Santos, no Pici, girava ao redor de 3 mil pessoas. O mesmo se dizia de Carlos de Alencar Pinto, em Porangabuçu. De repente, sem nenhuma explicação, vê-se duplicar a capacidade estimada destas embrionárias praças esportivas. Por enquanto, permito-me desconfiar dos números apresentados e mais ainda das condições adequadas para que os profissionais da crônica esportiva possam desenvolver o seu trabalho.
Gostaríamos que os órgãos competentes tivessem uma conduta criteriosa na análise do que vistoriaram, a fim de que as ‘soluções’ propostas por Ceará e por Fortaleza não acabem representando mais e maiores problemas.
A lista dos mais abastados
Na relação dos 20 clubes de futebol mais ricos do mundo, não consta nenhum clube brasileiro.
(Estádio do Real Madrid-ESP)
Veja a lista dos 10 primeiros:
01 – Real Madrid (Espanha): 351 milhões de euros
02 – Manchester United (Inglaterra): 315,2 milhões de euros
03 – Barcelona (Espanha): 290,1 milhões de euros
04 – Chelsea (Inglaterra): 283 milhões de euros
05 – Arsenal (Inglaterra): 263,9 milhões de euros
06 – Milan (Itália): 227,2 milhões de euros
07 – Bayern de Munique (Alemanha): 223,3 milhões de euros
08 – Liverpool (Inglaterra): 198,9 milhões de euros
09 – Internazionale (Itália): 195 milhões de euros
10 – Roma (Itália): 157,6 milhões de euros
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Benê Lima