Concordo que eles são bons treinadores, mas o elogio em si já mostra como o futebol mudou e em alguns aspectos para pior. O jogador passou a ser um instrumento do treinador e isso reprimiu a técnica de muitos deles.
Não há craques como no passado, mas também os poucos que reluzem um brilho inicial podem vê-lo ofuscado com exigências descabidas e distorções de suas qualidades criativas em detrimento da marcação, da pegada, da correria impensada.
Os técnicos passaram a dominar a cena, de forma tal que transformaram os jogadores em seus “súditos” e eles mesmos passaram a ser os professores. No futebol, entretanto, o aluno-jogador é que tem a responsabilidade de conduzir o destino de uma partida, muito mais do que o treinador, seja ele top ou não.
Por um lado é bom que tenhamos técnicos top no comando das equipes paulistas. São profissionais competentes que podem acrescentar algo. Por outro é uma pena. Porque nos anos setenta o top não estava no banco. Gérson era o camisa 10 do São Paulo, Rivellino do Corinthians, Ademir da Guia do Palmeiras e Pelé do Santos. E ninguém ousaria reprimir suas qualidades.
Fonte: Eugênio Goussinsky / Cidade do Futebol
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Benê Lima