Sinopse

"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

sexta-feira, julho 19, 2013

'Ignorado' por seleção, Pernambuco quer se tornar 'estado mais moderno do Brasil' com seis arenas

"Temos a intenção de modificar o calendário nacional em relação a Pernambuco. Começaríamos em outubro, contando com 60 equipes e seis meses de competição”.

ESPN

Deixada de fora das fases finais, a Arena Pernambuco fechou a sua ‘participação' na Copa das Confederações como único estádio ‘ignorado' pela seleção brasileira.

Para o ano que vem, na disputa do Mundial, já está confirmado que a situação se repetirá. Com Salvador e Fortaleza ‘prestigiadas', os pernambucanos protestam nos bastidores contra a tabela e apontam o dedo para as autoridades.

O presidente da federação local, Evandro Carvalho, afirmou ao ESPN.com.br ter escutado a versão extraoficial de que, por exigência da empresa responsável por organizar o calendário brasileiro, a Pitch International, a seleção não atua em locais com capacidade para menos de 60 mil pessoas. A Arena Pernambuco foi construída para receber apenas 46 mil.

Evandro Carvalho completa que não houve, no entanto, nenhum comunicado por parte da CBF ou da própria Fifa confirmando essa informação.

"Não aconteceu nenhuma oficialização desse critério. Não é também o mais importante para a gente. O estudo previa uma arena naquele lado da cidade. Não nos preocupamos em fazê-la para a seleção, mas para atender a questão urbana", diz.

O argumento do dirigente é de que o palco foi construído em outro contexto, dentro de um projeto que previa a expansão de Recife para a região Norte, ‘pela primeira vez como uma cidade planejada' - a região central da capital pernambucana não teria mais espaço para abrigar um investimento desse porte, assim como a região Sul, comprometida com o Porto de Suape.

A realidade que hoje afasta a seleção de Recife pode mudar dentro de alguns anos.

O estádio do Arruda, que, na última passagem brasileira, teve liberada uma carga de 55 mil ingressos, terá a sua capacidade aumentada para 70 mil com a reforma a que deverá ser submetido.

Faz parte do plano da federação pernambucana em seu projeto do ‘estado mais moderno do País', com até seis arenas multiusos.

"Temos certeza que seremos os primeiros no Brasil. O grande problema é que a gente vê o futebol como única matriz e não pode ser assim. Em dois anos de gestão, aprendi que tem que separar. Nessas arenas, por exemplo, teremos critérios distintos para os clubes: os grandes (no mínimo, 60 mil), médios (20 mil) e pequenos (4 mil)", explica Evandro Carvalho.

Além do Arruda e da própria Arena Pernambuco, o representante local enumera em sua conta a futura Arena Ilha do Retiro, o estádio Cornélio de Barros Muniz, em Salgueiro, e ainda outros palcos a serem construídos em Caruaru e Petrolina.

Em contato com a reportagem, o presidente do Sport, Luciano Bivar, mantém a posição anterior de aguardar o OK da prefeitura para iniciar as obras e se mudar provisoriamente para a Arena Pernambuco. O mandatário do Santa Cruz, Antônio Luiz Neto, também sinalizou positivamente para a reforma do Arruda. Por fim, no caso dos estádios a serem erguidos no interior, os custos seriam bancados por fundos de investimentos e contariam com o apoio de seus respectivos times locais.

Toda essa estrutura deverá permitir à federação cumprir com o seu plano de aumentar o estadual, estendê-lo por seis meses e reunir até 60 clubes. Um estudo nesse sentido está sendo feito e, se aprovada, a proposta deve entrar em vigor a partir de 2015.

"Temos a intenção de modificar o calendário nacional em relação a Pernambuco. Começaríamos em outubro, contando com 60 equipes e seis meses de competição. Aumentaria a musculatura dos times pequenos do interior e aqueceria a economia em parceria com o Governo. Os grandes entrariam nas fases finais. O problema é que todo mundo vê o futebol como nível A e esquece a base", conclui Evandro Carvalho.

.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado por seu comentário.
Em breve ele será moderado.
Benê Lima