Sinopse

"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

segunda-feira, julho 08, 2013

A hibridez de Scolari é transgênica

Há mais espaço para Parreira influenciar Felipão que para este abalar as convicções daquele


Por Benê Lima


As mudanças observadas no técnico da seleção brasileira não me parecem resultado de uma lavagem cerebral. Prefiro vê-las como um processo de interação entre ele e seu auxiliar técnico. O maior mérito de Scolari é ter sido receptivo à influência de Parreira, visto que da soma dos dois nos parece surgir um mais rico componente metodológico em termos de treinamento desportivo.

Nem Parreira e menos ainda Felipão possuem mentalidade declaradamente neoprogressista, mas é inegável que essa ‘transgenicidade’ tem feito bem aos dois, e de modo mais especial ao escolado Scolari. E essa espécie de subversão auto-imposta ao conservadorismo de ambos, tem resultado num novo ‘genoma’, que tanto em sua expressão verbal quanto em concepções de princípios e subprincípios do jogo tem-se mostrado mais elaborado e eficaz.


E o melhor é que além do parâmetro produtivo que pudemos observar – que de fato é o mais confiável -, viu-se ainda a corroboração deste pela ótica da conquista do título. Isso terá efeito dos mais positivos na preparação da equipe, trazendo de volta a tão necessária confiança nas potencialidades da equipe e a convicção de que o trabalho está no rumo certo.

O próximo desafio que a comissão técnica da seleção brasileira deve colocar para si é o de fazer acréscimo às propostas de jogo, estando atenta não só ao que se passará no futebol mundial, especialmente no europeu (sem perder de vista o asiático), mas também ficar atenta à performance dos brasileiros, sejam os daqui sejam os de fora do país, a fim de que possamos chegar à Copa 2014 mais uma vez renovados pela possibilidade de upgrades e ‘F5’.

Vigiemos e teclemos.
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Um comentário:

  1. Caro Benê,realmente a combinação de duas personalidades tão diferentes não era sinal de sucesso porém talvez só coisas do futebol expliquem mas entendo que a atual posição do Parreira é a ideal ,pois se trata de um cara estudioso do futebol e principalmente ansioso por apagar a lembrança d.
    o irresponsável trabalho de 2006,na qual perdeu uma das copas mais faceis de ganhar
    Quanto ao Felipão não se pode negar sua capacidade como treinador mas tenho receio que o time tenha crescido cedo demais para a Copa pois o apelo psicológico é muito forte no Felipão,foi fundamental agora e terá que se-lo em 2014.
    Como vc diz, a dupla terá que estar afinada e muito atenta ao que acontece vas seleções e principalmente a nossa,convocando os melhores que temos.
    Cordialmente
    Cincinato Júnior

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Benê Lima