Análise da capacidade de força potência em atletas de diferentes posições em equipe profissional de futebol

A força explosiva é uma das qualidades de grande importância

Pedro Junior / Universidade do Futebol

Resumo

Força explosiva é uma das qualidades de grande importância no futebol para que possa executar os programas de treinamentos exigidos. O presente estudo teve como objetivo verificar e comparar os resultados em diferentes posições. Avaliou se 28 atletas profissionais participantes do Campeonato Paulista de futebol da Série A-3, dividindo por grupos da seguinte forma: 4 goleiros, 6 zagueiros, 5 laterais, 4 volantes, 4 meia, 5 atacante.

Os atletas tinham idade media de 24 anos. Na avaliação da força realizou se o salto vertical conhecido como (SARGENT JUNP TEST). Os resultados obtidos foram: Goleiro zagueiro 48,0; Laterais 47,8; Volantes 47,9; Meias 56,7; e Atacante 46.5.

Introdução

O teste de impulsão vertical frequentemente é usado no futebol, tal teste fornece informações sobre nível de força potência do atleta em membros inferiores sendo possível prescrever o treinamento para que venham atingir um nível mais elevado em uma competição. (ARNASON et al, 2004)

Todo atleta é submetido a um nível de treinamento alto para que possa chegar a excelência no âmbito esportivo, desde sua iniciação atletas buscam o idealismo visando atingir metas e bater seus próprios Recorde. A força é um fator predominante na condição física do atleta de futebol, no entanto, tem se dado muita atenção nas prescrições dos treinamentos visando esta capacidade Rinaldi ET AL, (2000 apud PELEGRINOTTI ET AL, 2000).

O salto no esporte coletivo é um requisito muito utilizado, sendo assim todos os saltos são de extrema importância para a execução do esporte coletivo em especial neste estudo o futebol. A força muscular é essencial na realização da disputa de bola em vários setores do campo seja com posse de bola ou na marcação sem a bola (Balson, Paul: 1994).

A potência possibilita o atleta saltar mais rápido e alto porque ocorre rápida contração muscular (TRICOLI et al., 1994). Embora a força isométrica máxima no momento da extensão do quadril e do joelho, e na flexão plantar, correlaciona-se significativamente com o salto vertical do atleta (Häkkinen, 1991 em TRICOLI et al., 1994).

Em análise dos atletas de futebol a força potência varia de acordo com as características de cada atleta, no entanto os programas de treinamento devem atender a especificidade biológica. A força potência para os atletas trará benefícios para seu desempenho físico durante uma partida, como salto, arremessar, lançar, finalizar, repor a bola de forma rápida Sayers, S. et al. (1999).

Materiais e Métodos

O estudo foi composto por 28 atletas de futebol profissional da equipe do Marília Atlético Clube, participantes do Campeonato Paulista de futebol Série A-3 dividindo se por seis grupos da seguinte forma: 4 goleiros, 6 zagueiros, 5 laterais, 4 volantes, 4 meia, 5 atacante. Os atletas foram avaliados em períodos de treinamento atendendo a fase de pré-temporada. Foram utilizada fita de tecido e uma cadeira para medir a anotação e giz branco.

Procedimentos

O teste foi realizado com breve aquecimento de 5 minutos, iniciando com movimento das articulações do quadril braços em seguida alongamento de membros inferiores. No teste vertical foram realizados três saltos, foram realizadas medidas da massa corporal, por meio de uma balança digital com precisão de 100g, e a estatura foi verificada com um estadiômetro portátil,uma fita foi fixada em uma parede na altura de 2 metros da altura do solo.

Com os dedos sujos de giz os atletas saltaram o mais alto possível se distanciando do solo deixando a marca na fita ao toca La, não ouve corrida de aproximação. Ao sinal do professor, o atleta realiza o salto encostando os dedos o mais alto possível na escala da fita métrica, foi fixada na parede fita de costureiro de 1.50 metros. SARGENT, D.A. (1921)

Figura 1

Tabela 1

Resultados

Os resultados dos testes impulsão vertical estão expressos na tabela 2, os resultados encontrados não evidenciaram diferenças significativas nos atletas. Embora fosse esperada uma resposta de diferenciada não obtivemos.

Uma possível explicação pode ser pelo fato da equipe ter sido montada recentemente junto ao estudo realizado, todavia espera se que continuemos pesquisar sobre força muscular para que possamos tirar mais dúvidas sobre essa questão.

Em análise do salto vertical não demonstrou uma diferença elástica, em outros estudos semelhantes também não se encontra valores elásticos significativos. O autor afirma que quanto maior o nível competitivo das equipes maior os resultados obtidos,( BARBANTI, V. J. 1996).

Realizou um estudo semelhante com atletas de 18 anos e avaliou força explosiva notou que com o avanço da idade os resultados obtidos iriam avançando. (Weineck 1994 apud RAMOS, 2009).
Estudo realizado por Magalhaes et al (2001) com 47 atletas profissionais de diferentes posições e também da liga portuguesa de futebol os laterais tiveram valores mais elevados seguidos dos defensores (silva 1991 apud RAMOS 2009)

Conclusão

O objetivo do presente estudo foi verificar se existe alguma diferença de força potência através do salto vertical em atletas profissionais de diferentes posições no futebol. Pode-se concluir que não ouve diferenças relativas na realização do salto vertical.

No entanto, pode ser devido ao curto tempo de trabalho na pré temporada, não foi realizado nenhum trabalho especifico para realização e preparação do teste, em outro estudos nota se um maior numero de atletas e diferentes níveis de rendimento, Nos quais não foram verificadas diferenças significativas no teste de impulsão Vertical. Este fato pode justificar os resultados obtidos por Stenevi-Lundgren et al. (2009) e (2010).

Referência bibliográfica

• Ramos ARF. Aptidão física de jovens futebolistas portugueses em função do nível competitivo e da posição em campo (dissertação). Porto: Faculdade de Desporto /Universidade do Porto; 2009. 82 p.
• Magalhães J, Oliveira J, Ascensão A, Soares JMC. Avaliação isocinética da força muscular de atletas em função do desporto praticado, idade, sexo e posições específicas. Rev Port Cien Desp 2001;1:13-21.
• PELLEGRINOTTI, I.L. et al. Análise da potência anaeróbia de jogadores de futebol de três categorias, por meio do “teste de velocidade para potência anaeróbia” (TVPA) do Running bases anaerobic sprint test (RAST). Arquivos em movimento, v.4, p.4-15, 2008.
• BARBANTI, V. J. Treinamento Físico: bases científicas. São Paulo: CLR Brasileiro, 1986.
• ARNASON A,; SIGURDSON S. B.; GUDMUNDSSON A,;HOLME I.;ENGEBRETSEN L.; BAHR R physical fitness , injury and team performance in soccer . MEDICINE SCIENCEIN SPORTS EXERCISE ,V.36,P278-285,2004
• STENEVI-LUNDGREN, S.; DALY, R. M.; LINDÉN, C.; GÄRDSELL, P.; KARLSSON, M. K. Effects of a daily school based physical activity intervention program on muscle development in prepubertal girls. European Journal of Applied Physiology, Berlim, v. 105, n. 4, p. 533-541, 2009.
• Sayers, S. et al. (1999) Cross-validation of three jump power equations. Med Sci Sports Exerc, 31, p. 572
• SARGENT, D.A. (1921) The Physical Test of a Man. American Physical Education Review, 26, p. 188-194
• Balson, Paul, evolution of physical performance.In Ekblom, Bjorn, Football (soccer). Londres: Bachwell Scientific Publication v. 151Suplementein 619 , 1994.

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