Campeão dos Óscares e estrondoso êxito mundial, esta superprodução de William Wyler é um impressionante épico histórico-romanesco de espantosa dimensão humanista e mística
No sétimo ano do reinado de César Augusto, o príncipe hebreu Judah Ben-Hur nasce, praticamente, na mesma altura que Jesus Cristo. Anos mais tarde, reencontra o seu amigo de infância, o patrício romano Messala, que assume a chefia militar de Jerusalém. Um incidente, de que a mãe e a irmã de Ben-Hur foram involuntariamente protagonistas, e a recusa de Ben-Hur em denunciar os patriotas hebreus em luta contra o ocupador romano levam Messala a destruir a família do seu velho amigo. As mulheres são lançadas numa masmorra e Ben-Hur condenado às galés. Ao fim de três anos Ben-Hur salva a vida de Quintus Arrius, o almirante romano, durante uma batalha naval, que o liberta e adota como filho. Ben-Hur torna-se, assim, patrício romano e num herói das corridas de quadrigas. Um dia, porém, decide partir para a Judeia em busca da mãe e da irmã. Um longa e incrível odisseia que o vai levar a cruzar de novo o caminho de Jesus e a ajustar contas com Messala, na sequência de uma emocionante corrida de quadrigas.
"Ben-Hur foi o grande acontecimento de 1959, tendo arrebatado 11 Óscares da Academia de Hollywood, incluindo os de Melhor Filme, Melhor Realizador e Melhor Actor, neste caso consagrando Charlton Heston como o herói por excelência dos grandes dramas históricos. Estrondoso êxito de bilheteira, Ben-Hur foi uma das últimas superproduções do cinema americano no limiar de uma década que iria pôr em causa este tipo de cinema. Trata-se, pois, de um épico grandioso e espetacular sobre a agitada e emocionante vida de um príncipe hebreu que, devido a inesperadas circunstâncias, se torna escravo, nobre romano aclamado herói das corridas de quadrigas, entre Jerusalém e Roma, e cujo destino se cruza, por mais de uma vez, com o de Jesus Cristo. William Wyler, dispondo de um orçamento fantástico, que quase levou a MGM à falência, assinou um filme admirável, pela sua dimensão aventureira, romântica, mística e heroica, que continua hoje, quarenta anos depois, a impressionar pela sua grandiosidade espetacular e pela sua comovente dimensão humana, que será sempre marcado por essa sequência de antologia da portentosa corrida de quadrigas.
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Benê Lima