Sinopse

"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

sábado, agosto 19, 2017

VITÓRIA DO FUTEBOL] Após mobilização, Sesc libera menina para jogar com meninos em torneio

Negativa da instituição gerou polêmica e autorização só veio após abaixo-assinado que mobilizou mais de 19 mil pessoas

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Maria Alice tem apenas 10 anos, mas já conseguiu um feito de gente grande: conquistou seu espaço ao sol. Na verdade, no campo de futebol. Jogadora desde os 5 anos no único time da pequena Vieiras, na Zona da Mata, ela vai enfim ter sua inscrição em um campeonato aceita. Após a mãe da garota fazer um abaixo-assinado online e conseguir apoio de mais de 19 mil pessoas, o Serviço Social do Comércio, que antes havia impedido a pequena jogadora de participar da Copa Sesc, reconsiderou e aceitou sua inscrição. A competição começa no dia 26.

O torneio será realizado em Muriaé, na mesma região, e a justificativa inicial dada à família de Maria Alice era que no regulamento não estava previsto competição mista, apenas masculina. Depois da repercussão do caso, o Sesc mudou de ideia e explicou que a decisão inicial era apenas baseada nas regras e na intenção de resguardar a garota.

Mas quem conhece Maria Alice sabe que ela não precisa ser resguardada. Capitã do time e dona da camisa 10, a garotinha é bem conhecida na cidade de pouco mais de 3.800 habitantes por sua garra com a bola no pé. “É uma coisa natural e comovente. Todo dia, dá 8h30, 9h, eu a vejo passar na porta do meu comércio com sua bicicletinha, uma bolinha debaixo do braço, indo para o treino. Dizem que ela joga melhor do que os meninos inclusive”, brinca. “É muito delicado quando a gente mexe com o sonho de uma criança. Nada mais justo do que deixá-la jogar”, diz o comerciante João Batista Soares, 41.

Armadora do time, fã do Neymar e torcedora do Flamengo, a menina é apaixonada por futebol desde pequena. Seu pai, Geraldo Montezano Filho, 49, lembra que o esporte a ajudou a vencer a timidez e que os companheiros de time são hoje os seus maiores apoiadores. “A Maria Alice começou a jogar com os meninos porque o esporte daqui é muito fraco, então essa era a única opção que encontramos. No início eu tive que ir lá na quadra com ela para deixá-la mais à vontade. Mas, rapidamente, ela virou amiga dos meninos. Agora ela é quase uma líder do time, se sente a capitã, coloca a camisa 10, e os próprios meninos a reconhecem como líder do time. Eu fico muito feliz de vê-la assim”, detalha o pai.

Justificativa. Por meio de nota, o Sesc informou que compreende o esporte como um processo de construção de identidade, autonomia e autoconfiança. Além disso, frisou que o campeonato abraça os talentos de todo o Estado, sempre respeitando a diversidade.

“Queremos que todos tenham oportunidade de se aperfeiçoar, crescer e competir”, diz o texto.
Apoio. Além das 19.379 assinaturas no abaixo-assinado da família de Maria Alice, internautas inundaram as redes sociais do Sesc pedindo que a entidade reconsiderasse.
‘Foi difícil explicar por que ela não jogaria’
O caso da jogadora de futebol que havia sido impedida de participar de um campeonato por ser menina ganhou visibilidade após a mãe, a advogada e comerciante Eliana Barbosa, mobilizar toda a cidade e recorrer à internet. “Maria Alice chorou muito quando descobriu que não poderia jogar, foi difícil explicar porque ela não poderia jogar com os meninos (na Copa Sesc). Ela estava toda feliz com a possibilidade de jogar um campeonato, algo que ela não tem nem ideia do que é”, conta o pai da menina, Geraldo Montezano Filho, 49.

Os pais contam que incluiram “todo mundo” na campanha pela participação da menina no campeonato logo após a recusa do Sesc, no dia 9 de agosto. “Fizemos então este baixo-assinado, mobilizamos os tios, tias, primos e, de repente, foi este sucesso. Agora a Maria Alice está feliz, muito feliz em poder fazer o que ela mais ama: jogar futebol”, comemora Montezano Filho, 49, que é também dono de um mercado em Vieiras.

Com tudo resolvido e, sempre com sua chuteira personalizada, a menina promete ‘dar tudo de si’ em quadra, como qualquer bom boleiro. “Não há nada melhor que ver a alegria de um filho”, conclui o pai de Maria Alice. 

O CONTRAPONTO DO LEITOR 
Esta moda de vitimização ta acabando com a sociedade só falta agora os grandes times começar a colocar mulher jogando junto com os homens ta de sacanazem SESC errou em deixar esta bobeira deveria era formar times femininos que aeria o correto os pais desta menina tem que saber ouvir um nao e ensinar a filha que ha diferença sim entre meninos e meninas porque a vida vai ensinar do jeito difícil e não vai ter o papai para ajudar sempre. 
Carlos
henrique

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