À frente da seleção, Tite levou a equipe para a classificação antecipada para a Copa do Mundo e já bateu o recorde de melhor aproveitamento no início de trabalho na equipe nacional.
O técnico aproveita a boa fase e lucra com ela. Já tem dois contratos para ser garoto-propaganda de empresas –Samsung e Faculdade Maurício de Nassau– e analisa outras propostas.
Os valores dos acordos não são divulgados pelo técnico.
Tite impôs um veto: não aceitará propostas de empresas de bebidas alcoólicas. Os três antecessores do treinador no cargo- Dunga, Mano Menezes e Luiz Felipe Scolari- fizeram propagandas para marcas de cerveja.
"Ele está perdendo dinheiro com isso", afirma Mario D'Andrea, presidente da Associação Brasileira de Agências de Propaganda. "Mas se você pensar em termos de imagem a médio prazo tem uma mensagem que é boa para ele, claro. O Tite tem uma boa fluência para falar. Se fez piada sobre o chamado 'titês', mas as pessoas entendem o que ele fala", completa.
O treinador também tem recebido convites para dar palestras em empresas.
Além do veto à vinculação de sua imagem com cerveja, Tite quer evitar gravações de comerciais e ensaios fotográficos após março de 2018, a três meses do início do Mundial.
O técnico da seleção brasileira poderá repetir Luiz Felipe Scolari, que começou a Copa de 2014 com alta popularidade e lucrou com isso. Ele fez propagandas para seis empresas: Gillette, Sadia, Vivo, Ambev, Peugeot e Walmart.
Em 2014, Felipão foi garoto-propaganda de uma cerveja gourmet lançada pela Ambev a "Brahma Seleção Especial". Segundo a empresa, a bebida tinha cevada plantada, cultivada e colhida na Granja Comary, concentração do time nacional. A Ambev é uma das patrocinadoras da seleção brasileira.
IMAGEM ARRANHADA
Enquanto Tite surfa na boa fase da equipe nacional em campo, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) vê uma fuga de patrocinadores desde o escândalo da Fifa, em maio de 2015.
O ex-presidente da confederação José Maria Marin está preso desde então. A Justiça dos EUA indiciou Marco Polo Del Nero, presidente da entidade, e Ricardo Teixeira, ex-chefe da CBF por mais de duas décadas.
Eles foram acusados de formação de quadrilha e também de estabelecerem laços com empresas de marketing para recebimento de dinheiro indevido.
Desde 2015, cinco empresas deixaram de apoiar a entidade. Uma delas foi a Samsung, que agora conta com Tite como garoto-propaganda. A empresa de tecnologia da Coreia do Sul alegou uma revisão de sua estratégia de patrocínio para romper o acordo com a confederação.
Duas novas empresas entraram para o grupo de parceiros no período desde 2015. Atualmente a CBF conta com 12 patrocinadoras.
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Benê Lima