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"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

sábado, dezembro 22, 2012

O Mundial de Clubes deve evoluir

Uma ideia seria adotar um regulamento semelhante à primeira competição, permitindo a defesa do título ao atual campeão

Universidade do Futebol / Colunas / Gustavo Lopes

Mundial de clubes

É da natureza do esporte a busca pela hegemonia. O melhor da rua, deseja se tornar o melhor do bairro, que por sua vez quer ser o melhor da cidade, após do Estado, do país, do continente e do mundo. No futebol não poderia ser diferente e por essa razão ano após ano a Libertadores e o Mundial de Clubes são a maior obsessão dos clubes brasileiros.

Na ausência de um campeonato de clubes verdadeiramente global, até 2004, era a realizada a Copa Intercontinental entre o melhor clube da América do Sul e o melhor da Europa e o vencedor se proclamava "campeão do mundo".

Em 2000, pela primeira vez a Fifa organizou um campeonato de clubes reunindo representante de todas as suas confederações. Infelizmente, por questões financeiras, a competição somente voltou a ser disputada em 2005.

O formato adotado na pela primeira competição é mais atrativo que o atual. Em 2000, além dos seis representantes continentais, participaram um representante dos donos da casa e o vencedor da última Copa Intercontinental. As equipes foram dividas em dois grupos de quatro, passando os dois primeiros à fase semifinal. Assim, o campeão disputou cinco partidas.

No formato atual, a competição conta com sete participantes, um de cada confederação e um do anfitrião. Os representantes de Conmebol e Uefa já iniciam a competição na fase semifinal, de forma que o representante da Oceania ou dos donos da casa fazem uma partida equivalente às oitavas de final.

A justificativa para tal formato é o calendário europeu e sul-americano que inviabilizaria às equipes destes continentes uma disputa com mais datas.

Não obstante isso, o Mundial de Clubes deve evoluir a fim de aumentar sua atratividade e seu valor no mercado publicitário. Uma ideia seria adotar um regulamento semelhante à primeira competição, permitindo a defesa do título ao atual campeão.

Uma alternativa interessante seria realizar uma competição com doze equipes, um representante de cada confederação (seis), um anfitrião, o atual campeão, os campeões das Supercopas da América do Sul e da Europa e mais dois entre as quatro confederações restantes, de acordo com o ranking da Fifa.

As doze equipes seriam divididas em quatro grupos de três, com os campeões de cada classificando-se às semifinais.

Tal formato traria participação de mais países, com a possibilidade grandes clássicos Brasil-Argentina, Itália-Espanha, Alemanha-Inglaterra, entre outros. Um verdadeiro deleite aos torcedores, aos consumidores e aos anunciantes.

Urge destacar que um maior rodízio de sedes, inclusive com a realização da competição nos grandes centros do futebol mundial, auxiliaria no engrandecimento da competição.

Dessa forma, deve a Fifa avaliar implementar uma evolução no formato da competição e na escolha de sedes a fim de valorizá-la esportiva e comercialmente.

gustavo@universidadedofutebol.com.br

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Benê Lima