Vinicius Konchinski
Do UOL, no Rio de Janeiro
O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, afirmou nesta segunda-feira que problemas de gestão em clubes e confederações atrapalham iniciativas de apoio ao esporte no Brasil. Segundo ele, a falta de transparência, profissionalismo ou até deficiências para lidar com questões burocráticas travam patrocínios e até impedem repasses do governo a atletas.
“Nós temos dificuldades para fazer repasses”, afirmou Rebelo, durante uma palestra no Rio de Janeiro. “A burocracia é imensa, mas também há deficiências na gestão. Confederações têm que ter gente para lidar com documentos, com a fiscalização, tudo isso.”
Segundo Rebelo, só para a preparação de atletas para a Olimpíada de 2016, que acontecerá no Rio de Janeiro, o governo pretende investir R$ 2,5 bilhões. Para garantir, que esse dinheiro chegue aos esportistas, o ministro disse que o governo deve agir para profissionalizar as entidades esportivas.
Rebelo não deu um prazo, mas afirmou que será cobrada uma gestão mais eficiente das confederações e clubes que recebem dinheiro público. Entre as práticas que serão exigidas, estará a limitação dos mandatos de presidentes dessas entidades.
Segundo o ministro, todas essas exigência estão sendo discutidas junto com uma política nacional do esporte em elaboração no ministério. Rebelo afirmou que o governo deve apresentar “em breve” a proposta, que criará um sistema permanente de investimento público no esporte.
Para ele, a criação dessa política será um dos grandes legados que a Copa e Olimpíada deixarão ao esporte nacional. Rebelo disse os dois grandes eventos trouxeram ao debate público a importância do esporte. Por isso, hoje é possível que o Brasil discuta como o governo deve investir no apoio a atletas.
“Precisamos de uma política que é de Estado, não de governo”, defendeu Rebelo. “Nós já temos uma política de saúde e educação, por exemplo. Com elas, sabemos a responsabilidade da União, estados e município. Acho que esse é o caminho.”
Sobre a Copa e Olimpíada, Rebelo também afirmou que elas serão uma grande oportunidade para o desenvolvimento do país. Os dois eventos, disse ele, vão gerar 3,6 milhões de empregos. Para cada 1 dólar investido pelo governo, 3,4 dólares serão investidos por empresas.
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por seu comentário.
Em breve ele será moderado.
Benê Lima