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"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

segunda-feira, dezembro 03, 2012

Ministro diz que problemas de gestão travam apoio ao esporte no Brasil e promete agir

Vinicius Konchinski 
Do UOL, no Rio de Janeiro

Aldo Rebelo Baltter e Valcke

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, afirmou nesta segunda-feira que problemas de gestão em clubes e confederações atrapalham iniciativas de apoio ao esporte no Brasil. Segundo ele, a falta de transparência, profissionalismo ou até deficiências para lidar com questões burocráticas travam patrocínios e até impedem repasses do governo a atletas.

“Nós temos dificuldades para fazer repasses”, afirmou Rebelo, durante uma palestra no Rio de Janeiro. “A burocracia é imensa, mas também há deficiências na gestão. Confederações têm que ter gente para lidar com documentos, com a fiscalização, tudo isso.”

Segundo Rebelo, só para a preparação de atletas para a Olimpíada de 2016, que acontecerá no Rio de Janeiro, o governo pretende investir R$ 2,5 bilhões. Para garantir, que esse dinheiro chegue aos esportistas, o ministro disse que o governo deve agir para profissionalizar as entidades esportivas.

Rebelo não deu um prazo, mas afirmou que será cobrada uma gestão mais eficiente das confederações e clubes que recebem dinheiro público. Entre as práticas que serão exigidas, estará a limitação dos mandatos de presidentes dessas entidades.

Segundo o ministro, todas essas exigência estão sendo discutidas junto com uma política nacional do esporte em elaboração no ministério. Rebelo afirmou que o governo deve apresentar “em breve” a proposta,  que criará um sistema permanente de investimento público no esporte.

Para ele, a criação dessa política será um dos grandes legados que a Copa e Olimpíada deixarão ao esporte nacional. Rebelo disse os dois grandes eventos trouxeram ao debate público a importância do esporte. Por isso, hoje é possível que o Brasil discuta como o governo deve investir no apoio a atletas.

“Precisamos de uma política que é de Estado, não de governo”, defendeu Rebelo. “Nós já temos uma política de saúde e educação, por exemplo. Com elas, sabemos a responsabilidade da União, estados e município. Acho que esse é o caminho.”

Sobre a Copa e Olimpíada, Rebelo também afirmou que elas serão uma grande oportunidade para o desenvolvimento do país. Os dois eventos, disse ele, vão gerar 3,6 milhões de empregos. Para cada 1 dólar investido pelo governo, 3,4 dólares serão investidos por empresas.

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