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"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

terça-feira, maio 03, 2011

Negócios do Esporte] Força do futebol assusta mercado dos EUA

A força dos clubes de futebol tem assustado o mercado americano. Há uma semana, o “Sport Business Journal”, principal veículo sobre negócios do esporte dos EUA, publicou uma reportagem sobre a presença dos clubes de futebol nas redes sociais. O resultado, segundo a publicação, é alarmante: das cinco marcas ligadas a esporte e que tem o maior número de seguidores, quatro são clubes de futebol. O levantamento tinha como universo a soma de seguidores dos clubes no Facebook e no Twitter.

Na lista apresentada pelo “SBJ”, os cinco primeiros clubes mais populares nas redes sociais são os seguintes:

  1. Barcelona (13,5 milhões de seguidores)
  2. Real Madrid (13,2 milhões de seguidores)
  3. Manchester United (12,1 milhões de seguidores)
  4. Los Angeles Lakers (9,5 milhões de seguidores)
  5. Arsenal (5,9 milhões de seguidores)

O resultado, na visão americana, mostra uma preocupação para o negócio dos outros esportes. O futebol, segundo eles, tem tomado conta do mercado mundial, ao passo que os times americanos, independentemente de qual esporte represente, continuam com atuação restrita aos Estados Unidos.

Esse é um ponto crucial e um dilema que os americanos terão pela frente nos próximos anos. Com a retração do mercado dos EUA, é fundamental para o crescimento dos times de lá a busca de novos torcedores. Com menos dinheiro para gastar desde a crise, o americano tem cortado os investimentos em esporte. O crescimento da audiência de TV no esporte e a queda da presença de público nos estádios e ginásios são um reflexo disso. Sem tanta verba, o torcedor prefere acompanhar de casa o esporte a ir ao evento.

Com isso, é fundamental que o esporte vá para outras regiões do planeta, em busca de dinheiro novo, especialmente dos mercados da China, da Índia e do Brasil, os três mais cobiçados na atualidade. Mas, aí, o problema para o americano é que em sua maioria esses países já estão tomado pelos clubes de futebol, especialmente os da Europa.

“Se tem algo que temos de aprender com o que tem acontecido lá fora, é que esses times de futebol são hoje marcas globais”, resumiu o vice-presidente da área digital da NBA, Bryan Perez, na reportagem do SBJ.

Sim, dentre a mais de uma centena de funcionários que a liga de basquete dos EUA têm, um é responsável por olhar a área de ações digitais. Prova de que o modelo americano de gerenciar o esporte está anos-luz à frente do restante do planeta. Mas, agora, o americano percebeu que não adianta mais olhar apenas para o próprio umbigo.

Enquanto isso, no Brasil, os clubes, salvo raríssimas exceções, seguem considerando que globalização significa, simplesmente, jogar o Mundial de Clubes no final do ano…

por Erich Beting 
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Benê Lima