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"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

terça-feira, maio 31, 2011

Blatter nega crise, pede respeito e deixa candidatura nas mãos do congresso da Fifa

Atual presidente da entidade diz que ‘família’ está unida; denúncias de corrupção podem afastar patrocinadores

Equipe Universidade do Futebol

Nesta segunda-feira, em entrevista coletiva, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, afirmou que a imagem da entidade que comanda sofreu um grande dano, mas que não há crise. Ele se referia às seguidas denúncias de corrupção que vêm atingindo a cúpula do organismo, às vésperas do seu iminente quarto mandato.

“Crise? Que crise? O futebol não está em crise. Nós não estamos em crise, estamos apenas passando por algumas dificuldades que serão resolvidas - e serão resolvidas dentro desta família”, declarou o suíço.

Blatter admitiu o “grande prejuízo” causado à entidade pelas últimas denúncias. Nesta quarta, ele deverá, entretanto, se eleger novamente, após desistência do seu único concorrente, o catariano Mohamed bin Hammam.

Na coletiva, Blatter afirmou que recebeu os documentos do Sunday Times, que chegaram à Fifa, mas os mesmos não provariam nada contra os acusados por Sir David Triesman. “Estamos em um jogo e neste jogo há um monte de apostos apenas no campo. Não temos problemas”, acrescentou.

Sem demonstrar intranquilidade, em tom ameno, Blatter disse ainda que as Copas do Mundo de 2018 e 2022, na Rússia e no Qatar respectivamente, não foram manchadas pelas suspeitas de compra de votos durante o processo eletivo realizado em dezembro do ano passado.

As suspeitas sobre a escolha “condicionada” do Qatar aumentaram nesta segunda, com a divulgação de um e-mail no qual o secretário-geral Jerome Valcke, número dois da Fifa, sugeriu que o país “comprou” o direito de sediar o Mundial de 2022, por intermédio de Hammam. “Ele pensou que pode comprar a Fifa como eles compraram a WC [Copa do Mundo]”, afirmara Valcke.

Pouco tempo depois da publicação, o secretário voltou atrás e disse que foi mal interpretado. Ele se defendeu com a justificativa de que o verbo “comprar” referia-se ao alto investimento feito pela candidatura para fazer lobby em nome do país em questão.

“Quando me referi à Copa do Mundo de 2022, o que quis dizer foi que a candidatura vencedora usou o seu potencial financeiro para angariar apoio e fazer lobby. Eles tinham um orçamento muito grande e se utilizaram disso para promover a candidatura do Qatar por todo o mundo de uma maneira muito eficiente”, explicou.

A divulgação do polêmico e-mail foi feita pelo vice-presidente da Fifa Jack Warner, que fora suspenso no domingo. Presidente da Concacaf (Confederação de Futebol das Américas do Norte e Central e Caribe), Warner e Mohamed Bin Hammam foram afastados do futebol de forma provisória por conta de uma denúncia de pagamento de propina a membros da Associação Caribenha de Futebol. O suborno asseguraria votos em Bin Hammam no pleito da Fifa.

Ainda durante a entrevista, Blatter pediu aos jornalistas que o respeitassem. Quando foi anunciado que não haveria mais perguntas, um jornalista começou a falar fora do microfone, querendo efetuar novos questionamentos.

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Benê Lima