Generation Adidas proporciona a jovens a chance de entrar na MLS sem que os mesmos tenham iniciado a faculdadeHelio D'AnnaA principal liga profissional de futebol nos Estados Unidos é a MLS (Major League Soccer -http://www.mlsnet.com/). Essa liga tem usado como principal forma de revelação de jovens atletas o futebol universitário. No entanto, nos últimos anos, a MLS também tem investido no sistema de academias, muito comum na Europa.
Os clubes também, através da liga, têm reforçado o campeonato de “aspirantes” para desenvolver jovens atletas que não estejam prontos para disputar o campeonato principal (a liga aspirante é chamada de developmental league - http://pdl.uslsoccer.com).
Outra iniciativa estabelecida entre a liga e a marca Adidas foi a “Generation Adidas”. Essa parceria se iniciou em 2006 e proporciona a jovens jogadores a chance de entrar na MLS sem terem iniciado ou terminado faculdade. Na verdade, esse programa já existia desde 1997 quando a Nike fazia o patrocínio (naquela época, o nome do programa era “Project-40” e tinha a mesma meta).
Desde 1997, vários jogadores foram revelados, como Tim Howard, Landon Donovan, DaMarcus Beasley, Carlos Bocanegra, Clint Dempsey, Jozy Altidore, Freddy Adu, Michael Bradley e muitos outros.
A vantagem dessa parceria com os clubes é que jogadores revelados pela Generation Adidas não contam para piso salarial dos clubes (já que a liga tem limites). O interessante é que como esses jovens se profissionalizam, eles perdem o direito de jogar o futebol universitário. No entanto, a Adidas e a MLS oferecem bolsas de estudos para esses jogadores poderem iniciar ou continuar os estudos (o programa permite até 10 anos para completar estudos).
Jovens talentos com idade de 15 anos ou mais são recomendados por técnicos, olheiros e agentes para esse programa. Apesar de a Adidas ter “voto” nas decisões, são os clubes quem tomam as decisões finais.
Jogadores podem continuar nesse status por até quatro anos, quando, então, os clubes revertem o contrato contando para seu piso salarial (ou dispensam o jogador). Por se falar em salário, até o momento no qual o jogador reverte para o contrato do clube, a remuneração é paga em parte pela Adidas, e em parte pela MLS.
Obviamente, a Adidas se beneficia por associar seu nome a esses craques, podendo usar seus nomes e imagens em seus comerciais.
Por ser um programa de elite, os organizadores não têm um número fixo de jogadores por ano (em média, são de sete a 10, mas em 2010 foram 12). Tudo depende do orçamento e das verbas disponíveis.
Um dos principais desafios desse projeto é o sentimento de inveja que naturalmente acaba se inserindo nos times. Afinal, é possível que um “menino” esteja ganhando mais que um veterano (por exemplo, há jovens ganhando até 30 mil dólares por semana!).
Mas há que se concordar que a iniciativa é, no mínimo, criativa e interessante.
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Benê Lima