Figura 2 – Área da Equipe Habitualmente, avalia-se o espaço efetivo de uma equipe pela área total que ela consegue ocupar (figura 2), considerando os jogadores que estão nos limites da organização coletiva. Considera-se que, quanto mais espaço estiver ocupado, maior a capacidade da equipe em manter a posse da bola (campo grande para atacar), visto que o adversário terá que cobrir uma área também maior para recuperar a posse, dificultando seu trabalho em cumprir com alguns princípios estruturais defensivos, como a cobertura e a compactação. É importante entender que a forma como ocupa-se a região interna dessa área e como se dão as relações entre os atletas da equipe são fatores fundamentais para que se tenha êxito nessa ampliação do espaço de jogo da equipe. Existem distâncias ótimas para cada momento e circunstância, portanto um grande afastamento entre os jogadores permitirá a ocupação de mais espaço, mas poderá interferir na capacidade deles se relacionarem. Enquanto uma pequena distância entre os jogadores poderá gerar melhor relação, porém com pouca utilização dos espaços. Repetindo, as distâncias entre os jogadores devem ser ótimas em resposta aos problemas que devem ser resolvidos a cada nova (e ela será sempre nova) circunstância surgida. Na figura acima, estão destacados os dez jogadores de linha, porém deve-se ressaltar o papel do goleiro em aumentar o campo efetivo da equipe para trás (nas equipes com goleiros que participam bem com os pés) quando isso se mostrar necessário. | Figura 3 – Relação do Campo Efetivo com a Pressão na Bola | Ao tentar reduzir o campo efetivo do adversário utilizando-se da regra do impedimento, haverá uma aproximação das linhas de defesa, meio e ataque, encurtando em comprimento a equipe (como o Benfica, em vermelho e branco, na figura acima). Nessa situação, a falta de pressão na bola (jogador em destaque na figura) permite ao adversário explorar melhor todo o volume do espaço (largura, comprimento e altura), podendo inclusive tentar aproveitar o espaço nas costas da linha de defesa com bolas longas. A forma como o espaço é estruturado e as regras de ação devem estar correlacionadas para que o produto final (proteger o alvo, impedir a progressão, recuperar a bola) tenha êxito. Dois princípios de ataque podem colaborar para a ampliação do espaço efetivo de jogo da equipe, a mobilidade e o ataque aos espaços nas costas da última linha (ultrapassagens). A mobilidade permitirá principalmente a utilização dos espaços internos da equipe adversária, criando/aumentando espaço, enquanto o ataque aos espaços nas costas da linha de defesa poderá gerar instabilidades defensivas no adversário, como não permitir o avanço da linha de defesa de maneira eficaz, aumentando o espaço (que pode ser explorado) entre esta e a linha do meio, por exemplo, ou, jogar no espaço entre a linha de defesa e o goleiro. | Figura 4 – Concentração de jogadores na zona da bola | Em jogadas com disputas de bola no alto, como o tiro de meta, por exemplo, as equipes tentam concentrar muitos jogadores na provável região onde a bola será lançada com o objetivo de conquistá-la na primeira ação sobre ela ou em um possível rebote (figura 4). Assim que obtêm a posse da bola, inicia uma disputa diferente pelo espaço, quem a tem (a bola) tenta ampliá-lo (o espaço) e quem está sem bola tenta reduzi-lo. Diferente de situações de disputa, quando a redução para ambas equipes pode ser vantajosa, visto que a posse ainda está indefinida. Essa capacidade de expansão e retração da equipe, de maneira harmônica e coordenada terá muita relação com a eficácia na gestão do espaço de jogo defensiva e ofensivamente, desde que esteja alinhada com a solução dos problemas em função dos objetivos do jogo. |
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Benê Lima