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"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

sábado, novembro 05, 2016

O futebol há muito tem mais um concorrente entre os entretenimentos

Estrutura que cerca os esportes eletrônicos tem o nível profissional e jogadores treinam até 12 horas por dia

Resultado de imagem para jogadores treinam até 12 horas por dia em esportes eletrônicos no brasil
Divulgação 

Renan Fernandes,
O Estado de S.Paulo
Técnico, analista de dados, nutricionista, psicólogo, manager para cuidar de todo o operacional da equipe. A estrutura que cerca os esportes eletrônicos tem o nível profissional de qualquer outra atividade esportiva de alto rendimento. O mesmo se aplica aos competidores, que chegam a jogar mais de 14 horas por dia para aprimorar suas técnicas.

Matheus ‘Sarkis’ Guimarães, jogador da Remo Brave da League of Legends (LoL), conta como funciona a rotina diária dos atletas de games.  “Entre 9h e 10h da manhã, há uma sessão de treinos individuais. Entre 12h e 12h30, todos param as atividades para o almoço. Conversamos um pouco antes do 1.º golpe de treinos online, que vai das 13h até as 16h, contra uma outra equipe. Depois vem nova pausa para alimentação e começa o segundo bloco de treinamentos, das 17h às 19h. Para fechar o dia, temos mais uma sessão de treinos individuais, até às 21h.”

Esse ciclo de trabalho se repete de segunda a sexta. No sábado também há atividades, mas apenas em meio período, portanto, mais moderadas.

No tempo livre, o jovem de 20 anos leva vida normal, gosta de ir ao cinema, ver filmes e, claro, jogar videogame.

Matheus mora e treina com os companheiros de equipe na ‘gaming house’ da Remo Brave, que fica em São Paulo por questões logísticas de mercado. 

Essa proximidade com os companheiros na vida real também serve para melhorar a química durante as partidas virtuais. “É mais uma forma de criar um laço entre os jogadores. Na nossa atividade, a amizade fora do jogo acaba influenciando no desempenho. Você ganha confiança para fazer as jogadas em conjunto”, diz.

Toda essa dedicação não é de graça. O primeiro lugar em um grande torneio de e-Sports paga cifras milionárias. Encerrado no último dia 31, após vitória dos coreanos do SK Telecom T1, o campeonato mundial de LoL distribuiu US$ 2 milhões em premiação, o equivalente a R$ 6,5 milhões – o Campeonato Paulista de 2017 vai distribuir cerca de R$ 11 milhões ao todo.

É ESPORTE, SIM
O advogado André Sica explica que os contratos feitos nesta área seguem as normas da Lei Pelé, com direito de imagem e econômicos nas condições do futebol. “Os e-Sports são por definição uma prática esportiva. É uma atividade competitiva, organizada dentro de certo número de regras e que exige esforço físico e mental dos competidores. Os esportes eletrônicos podem ser comparados com o xadrez. Trata-se de modalidade da mente e não da transpiração”, diz o especialista em direitos esportivos. “Assim, os praticantes se enquadram na Lei Geral de Desporto de cada país, no Brasil, a Lei Pelé”. 


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Benê Lima