Jamil Chade, correspondente em Genebra,
O Estado de S.Paulo
A Fifa terá um novo Mundial de Clubes a partir de 2019, envolvendo até 32 times de todos os continentes. Em entrevistas a jornais espanhóis e italianos, o novo presidente da entidade, Gianni Infantino, deixou claro que quer uma "Liga dos Campeões Mundiais" já em 2019.
No início de outubro, o Estado revelou com exclusividade o projeto de um Mundial de Clubes expandido. Agora, Infantino começa a dar detalhes do que deve ser aprovado numa reunião em janeiro, em Zurique. Segundo ele, seria uma "Champions" de três semanas e disputada em junho.
"Seria jogada na segunda quinzena de junho, quando acabarem todos os torneios. E ninguém se precipite, vamos levar em conta a saúde dos jogadores", explicou ao jornal Mundo Deportivo. "Hoje o futebol não é só Europa e América do Sul. O mundo mudou. Por isso devemos buscar um Mundial mais interessante para os clubes, mas também para os torcedores de todo o mundo. É o que tratamos de alcançar, com um torneio muito mais atraente que o atual, com mais qualidade entre os participantes e mais clubes. Isso atrairá aos patrocinadores, às televisões de todo o mundo", disse.
O Estado apurou que uma das possibilidades é de que, no futuro, o evento substitua a Copa das Confederações, que será disputada em 2017 na Rússia. Mas, para 2021, não existem ainda planos para o torneio criado ainda por Joseph Blatter. A iniciativa de um Mundial de Clubes também atenderia a um pedido da China de sediar novos eventos relacionados com a Fifa. Para o Mundial atual, é uma empresa chinesa que banca o evento no Japão.
Para o Brasil e para a Conmebol, porém, a ideia pode representar desafios. A nova Libertadores, ampliada, está sendo programada para durar todo o ano de 2017. O calendário seria repetido a partir de 2018. Se a Fifa encaixar o evento em 2019 com um Mundial de Clubes, os times sul-americanos terão de suspender seu torneio por pelo menos um mês para permitir que o campeonato mundial possa ocorrer.
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Benê Lima