Tetracampeão deixa escândalos de lado para enaltecer papel da entidade no futebol brasileiro e na Seleção: "Se perguntar ao Tite, ele não tem nada do que reclamar"
Tetracampeão mundial como técnico do Brasil na Copa do Mundo de 1994, Carlos Alberto Parreira preferiu deixar de lado a questão ética e os escândalos de corrupção ao redor da Confederação Brasileira de Futebol, presidida por Marco Polo Del Nero, para enaltecer o investimento e o trabalho operacional que tem sido feito pela entidade no esporte e na Seleção. Em presença no “Bem, Amigos!”, Parreira destacou a importância da CBF na reformulação do futebol brasileiro, o que tem envolvido, segundo ele, melhorias em áreas como formações dos treinadores, divisões de base, estádios e organização das quatro divisões do Campeonato Brasileiro.
- Formação dos técnicos, a CBF está olhando para isso. As divisões de base. Os clubes vão ser obrigados a ter um estádio, centro de treinamento, daqui a cinco anos. Tem que ser organizado, isso está funcionando. A CBF, criticando ou não, faz um trabalho sensacional. Ela mantém a primeira divisão, a segunda, a terceira, e agora me disseram, a quarta divisão. Se não fosse o auxílio da CBF, não teríamos segunda nem terceira. Tem muita verba para isso e está sem muito bem aproveitado - disse.
Carlos Alberto Parreira no programa Bem, Amigos! (Foto: Reprodução SporTV)
Em relação à seleção brasileira, Parreira declarou que todo treinador, inclusive o atual técnico Tite, nunca teve o que reclamar da estrutura oferecida pela CBF para comandar a equipe. O tetracampeão destacou que ele tem trabalhado em conjunto com a entidade para melhorar o futebol brasileiro, principalmente na readequação do calendário da temporada.
- Isso aí (lado ético) é outra história. Estou falando do lado operacional e logístico. Todos os técnicos que trabalham na seleção, eu fui um deles, não temos nada do que reclamar. Se você perguntar ao Tite, ele não tem nada do que reclamar. Estive lá com ele, estou sempre na CBF. Estão fazendo um trabalho que a gente fez lá, uma palestra que dei na Europa. Todo o apoio, a logística, estão funcionando muito bem. A CBF tentou fazer uma reformulação no futebol brasileiro, está tentando fazer um estudo com treinadores, dirigentes, com muita gente que participou e vamos ver se isso pode ser implementado. Demos muitas ideias, muita coisa foi comentada, mas não pode ficar no papel, tem que ser implementado. O grande calcanhar de Aquiles é o calendário.
A atual gestão da CBF, assim como as anteriores, têm sido manchadas por suspeitas de corrupção. O ex-presidente Ricardo Teixeira, e o atual mandatário, Marco Polo Del Nero, são investigados pelas autoridades americanas, enquanto José Maria Marin, também ex-presidente da entidade, cumpre prisão domiciliar em Nova York aguardando julgamento pela justiça do país.
A seleção brasileira, no entanto vive uma fase de ouro sob comando do técnico Tite. Substituto de Dunga, o ex-treinador do Corinthians acumula seis vitórias em seis jogos com a equipe canarinho, levando-a à liderança das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018. Segundo as contas de Tite, falta um ponto para a vaga no Mundial da Rússia ser garantida. Os próximos compromissos serão apenas em março, contra Uruguai e Paraguai, nos dias 23 e 28, respectivamente
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Benê Lima