FUTEBOL FEMININO NO CEARÁ: A PERGUNTA QUE
NÃO QUER CALAR
Paulo Medeiros*
1. Na última quinta-feira (24/09/2009), pela Copa do Brasil de Futebol Feminino, a equipe do CAUCAIA, campeã cearense, aplicou uma espetacular e incontestável goleada de 4 x 0 na equipe do São José, campeã do Estado de Tocantins. Mas não foi uma goleada qualquer, foi na casa das adversárias, e por este motivo a equipe cearense qualificou-se diretamente para a segunda fase da competição promovida pela CBF, sem a necessidade da “partida de volta”. Agora o CAUCAIA prepara-se para enfrentar as meninas do Sport Recife, campeã Pernambucana.
2. No último dia 18/09/2009 a jogadora Ana Lúcia Nascimento dos Santos, a Dida, goleira do CAUCAIA, foi convocada pela CBF para integrar a seleção brasileira feminina sub-19 que irá disputar a Copa Sul Americana de Futebol Feminino em janeiro/2010 na Colômbia.
Como o estimado leitor deve perceber, trata-se de três notícias maravilhosas, e que demonstram claramente o potencial que o Futebol Feminino do Ceará poderia desenvolver, inclusive em termos de projeção e resultados nacionais.
Quando eu escrevo “poderia” é porque todos estes fatos relatados ocorreram sem qualquer incentivo ou participação direta da Federação Cearense de Futebol, que teoricamente deveria ser a instituição a zelar pelos interesses do Futebol Feminino no Estado. Mas o que tem ocorrido é descaso e desinteresse. Por exemplo: o “apoio” da FCF ao feito da equipe de futebol feminino do CAUCAIA, por exemplo, se restringiu a uma mensagem protocolar de congratulações publicada em sua pagina web, que a rigor não passou de meras seis linhas.
E aí vem a perguntar que não quer calar: A Federação Cearense de Futebol é “de Futebol” ou “de Futebol Masculino”?
Comprovo a pertinência desta questão com a falta de iniciativa da FCF em “abraçar” a causa do futebol feminino no Estado do Ceará, mesmo que
É uma constatação óbvia de que a LCFF tem melhor know how, comprometimento e interatividade com o futebol feminino no Ceará. Acredito que neste contexto compete à FCF agregar esta entidade em suas atividades institucionais, porém dando-lhe autonomia para exercitar esta expertise.
*apaixonado por esporte e PhD em Economia
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Benê Lima