Sinopse

"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

sexta-feira, outubro 02, 2009

Apenas publico, sem entrar no mérito


Rio-2016 coroa vitória de "Era Lula"

REDAÇÃO
Da Máquina do Esporte, em São Paulo

Se existe um símbolo da vitória do Rio de Janeiro na corrida para sediar os Jogos Olímpicos de 2016, ele pode ser personificado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mais do que a vitória de um continente que nunca realizou o evento ou de um país com forte ritmo de desenvolvimento sócio-econômico, o resultado do pleito do Comitê Olímpico Internacional representa um importante triunfo na carreira política do dirigente nacional.

Lula é, atualmente, um dos produtos brasileiros com apelo mais forte no cenário internacional. Carismático, o político partiu diretamente para o corpo a corpo no lobby com membros do COI nesta semana, em Copenhague. Além disso, comparou a candidatura brasileira a sua história brasileira como forma de acrescentar um viés de superação ao evento.

Nascido no dia 27 de outubro de 1945, em Pernambuco, Lula teve infância complicada e começou a trabalhar aos 12 anos. Passou por vários setores até ingressar na metalurgia, segmento em que desenvolveu seu viés sindicalista e participou do movimento que fundou o Partido dos Trabalhadores (PT).

Antes de derrotar José Serra no segundo turno da eleição presidencial de 2002, Lula foi superado em três corridas pelo posto (em 1989, para Fernando Collor, e em 1994 e 1998, para Fernando Henrique Cardoso). As derrotas burilaram a imagem do atual mandatário nacional, que aos poucos se distanciou do discurso enfático do período de sindicalismo e adotou um perfil mais popular e abrangente.

Essa mudança de postura contribuiu demais para a imagem de Lula depois de ele ter assumido a presidência, em 2003. Segundo a revista norte-americana "Newsweek", o político brasileiro é a 18ª personalidade mais poderosa do mundo, em lista liderada pelo mandatário dos Estados Unidos, Barack Obama.

Mas nesta semana, nem Obama conseguiu derrotar Lula. Assim como o brasileiro, o norte-americano foi a Copenhague defender a candidatura de Chicago, seu berço político. Usou a influência e a força de sua imagem para fortalecer um projeto que pretendia mostrar recuperação da economia local após uma das maiores crises de sua história. Também tentou vender a mudança do país depois do fim do governo de Gheorge Bush e a abertura política. Nem isso foi páreo, contudo, para o carisma do brasileiro.

Em vários momentos, Lula citou o "momento mágico" vivido pelo Brasil. "Posso garantir que nenhum país do mundo tem a certeza de futuro que nós possuímos para os próximos anos. Estamos em um crescimento constante e gradual", disse o presidente.

Durante a semana que precedeu a escolha da sede de 2016, Lula recebeu um a um os votantes do COI em seu quarto de hotel. Com ajuda de intérprete, conversou com todos e expôs a importância que as Olimpíadas possuem para o plano de expansão do Brasil e da América do Sul como um todo.

Lula ainda usou um dos artifícios principais da candidatura de Obama. O norte-americano usou o slogan "Yes, we can" ("Sim, nós podemos") em sua corrida para a Casa Branca. O brasileiro não apenas repetiu a frase nesta semana, sobre o projeto do Rio para as Olimpíadas, mas a utilizou como forma de ratificar o otimismo com o crescimento nacional.

Obama felicita Rio por vitória histórica

REDAÇÃO
Da Máquina do Esporte, em São Paulo


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, felicitou o Rio de Janeiro por sua vitória "histórica" na disputa para sediar os Jogos Olímpicos de 2016, em eleição realizada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).

Considerado um dos principais adversários do projeto brasileiro, Obama falou na Casa Branca pouco depois de desembarcar em Washington proveniente de Copenhague, na Dinamarca, onde esteve durante a manhã para defender a candidatura de Chicago para o evento.

"Gostaria de felicitar o Rio de Janeiro e a nação do Brasil por ganhar as Olimpíadas de 2016. Trata-se de um evento verdadeiramente histórico, já que serão os primeiros Jogos Olímpicos já organizados na América do Sul", declarou o chefe de Estado norte-americano.

"Uma das coisas que acho mais valiosas sobre o esporte é que você pode jogar muito bem e mesmo assim não vencer. Teria preferido que voltássemos de Copenhague com melhores notícias, mas não poderia estar mais orgulhoso do que já estou da minha cidade de Chicago", afirmou Obama, destacando que cumprimento pessoalmente o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, pela vitória.

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Benê Lima