Ô futebolzinho complicado
Dirigentes que se comportam como torcedores; torcedores que querem exercer influência como se fossem dirigentes
Clarimundo D’Oitiva
Nosso futebol (o cearense) se move a rogo – arrasta-se é melhor – pelo caminho arejado da dita e tão decantada modernidade. De moderno, muito pouco, e desse pouco que se vê só alguns segmentos da operacionalização das tarefas é contemplado. A mente do dirigente continua insípida e a natureza da externalidade do caráter temerária.
Nenhum dirigente tem coragem de enfrentar o maior dos desafios, que é o de se portar como condutor modelar de uma massa. Ao contrário, preferem fazer o “fácil”, escolhendo o investimento descriterioso num populismo vexatório, algumas vezes – e não poucas – cedendo ao anseio de um esboço de projeto político-partidário.
E por mais que os ditos dirigentes disfarcem suas verdadeiras caras, a ocasião de um clássico-rei os desmascara. E sabem por quê? Porque eles não seguram suas vaidades e findam por se revelarem.
Os dias da semana do maior clássico do estado do Ceará deram lugar a um besteirol indigesto, com o cheiro ardoroso do xixi de criança. Corda de um lado corda de outro lado, mas Evandro Leitão parece ter, neste episódio, superado o “antagonista” Lúcio Bomfim. Fez Lúcio escalar o “organograma morubixaba de anti-gerenciamento”, condição “armada” para o cacique tricolor bater e voltar. Tudo por conta da distribuição dos ingressos.
Neste brasileiro, os dois maiores clubes cearenses demonstraram que são incompetentes para evitarem o conflito quando a eles se dá certa autonomia. Tanto falam eles da FCF, e, no entanto, mostram que a presença dela é necessária, porque mediadora e pacificadora dos conflitos gerados entre eles.
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Benê Lima