Sinopse

"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

quarta-feira, outubro 14, 2009

Discriminação sexual de equipe muçulmana rende em exclusão de torneio francês
Equipe que se negou a jogar com gays não poderá mais atuar em tradicional campeonato de futebol amador
Equipe Universidade do Futebol

A homofobia está presente no esporte, como um reflexo da prática existente no meio social. Tal condição muitas vezes se vê ainda mais exacerbada na tradição futebolística, como em um caso envolvendo o Créteil Bebel, equipe formada por muçulmanos, e o Paris Foot Gay (PFG), durante edição deste ano de um torneio amador na França.

No início deste mês, houve uma recusa em entrar em campo contra o rival local. Nesta quarta-feira, então, um comunicado assinado pelas autoridades organizadores da competição anunciou a exclusão do Créteil.

O PFG pediu à liga que aplicasse uma punição após receber uma mensagem eletrônica, às vésperas da partida, que aconteceria no último dia 4. Dizia ela: “Devido ao nome de sua equipe e de acordo com nossos princípios, não podemos jogar contra vocês. Nossas convicções são muito mais importantes que uma simples partida de futebol”.

Pascal Brethes, presidente do PFG, considerou o texto “homofóbico e muito chocante” e ameaçou processar judicialmente Zahir Belgharbi, dirigente do Créteil Bebel. Este, entretanto, contra-argumentou.

“Não sou homófobo, não sou integrista, não me incomoda jogar com gays, e sim com um clube que tem este nome. Nós nos esforçamos para ser neutros, não nos chamamos por exemplo Futebol Clube Islâmico. Por quê os outros querem levantar a bandeira de uma ideologia? A única coisa que eu quero é jogar futebol”, disse Belgharbi.

Em nota, o PFG respondeu que não é um clube reivindicativo e sim uma associação que luta contra a homofobia no futebol. Está aberto tanto a homossexuais, quanto a heterossexuais, tendo seu grupo composto por atletas negros, brancos, árabes e de todas as religiões.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado por seu comentário.
Em breve ele será moderado.
Benê Lima