Ao término da temporada de 2007, o Grêmio carregou consigo não apenas a perda do título da Copa Libertadores da América daquele ano. Mas também a saída do seu capitão, o zagueiro William. Em 2009, foi a vez de Léo, um dos promissores defensores da equipe, deixar o Olímpico. Em ambos os casos, um mesmo motivo: negociações condicionadas por dívidas anteriores a clubes rivais.
Enquanto William acompanhou o treinador Mano Menezes, desembarcando no Corinthians, Léo fez parte de uma negociação com o Palmeiras. No primeiro exemplo, a dívida se referia à contratação do zagueiro Nenê, no ano 2000, e foram sanados R$ 6,9 milhões.
Já o segundo, que foi para o clube alviverde, em uma troca envolvendo Maurício, por empréstimo de 1 ano, findou outros R$ 5 milhões devidos pela transação envolvendo Paulo Nunes, também no ano 2000. Os paulistas eram credores dos gaúchos.
Recentemente, uma polêmica envolvendo atrasos na folha de pagamento foi superada. Entretanto, o balanço financeiro do ano passado revelou que a agremiação gaúcha possui dívidas próximas dos R$ 160 milhões.
Desse montante, R$ 61,1 milhões são imediatos e R$ 95,4 são de longo prazo. Nelas, estão inclusas questões trabalhistas, rescisões e atrasos. Os débitos do condomínio de credores, criados para auxiliar em pagamentos, também estão somados a estes números.
A fim de criar uma fórmula de saneamento dessa conta, a partir de 2011 o Grêmio deverá ter um profissional exclusivo para cuidar do elo entre os departamentos financeiro e de futebol – uma espécie de administrador.
O momento da contratação desse gestor coincidirá com a troca de comando do Grêmio. Segundo Duda Kroeff, o novo presidente que assumir o clube deve contratar alguém de sua confiança. “Não seria justo eu contratar alguém no final de minha gestão”, comentou, em entrevista à Rádio Gaúcha.
“Nossa situação já esteve bem pior”, completou Duda, que aposta em uma boa campanha na Copa do Brasil para garantir o retorno à rentável Libertadores.
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Benê Lima