Criado no ano passado, o G4 é um grupo formado por representantes dos quatro grandes clubes de São Paulo para planejar ações de marketing e potencializar receitas a partir da venda casada de todas as imagens. A união também serviu para criar um fórum para aproximar as diretorias das equipes, buscar consensos e criar um bloco político. E nesta semana, isso pode ter papel decisivo na eleição presidencial do Clube dos 13.
Reunião marcada para esta terça-feira deve validar o pedido de antecipação do pleito no C13. Inicialmente marcada para novembro, a eleição acontecerá na próxima segunda-feira, com oposição entre o atual presidente Fábio Koff e Kleber Leite, ex-presidente do Flamengo, nome bancado por Ricardo Teixeira, mandatário da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Juvenal Juvêncio, presidente do São Paulo, será vice na chapa de Koff. Andres Sanchez, presidente do Corinthians, será vice na chapa de Leite. E o G4, em reunião que deve acontecer na quarta ou na quinta-feira desta semana, tentará minar uma das candidaturas em nome do "bloco político".
Segundo o estatuto do G4, caso três dos clubes componentes tomem uma decisão, o discordante deve seguir o voto. Essa regra vale para situações que envolvem o grupo, como negociações de marketing ou formatos de parcerias, mas a reunião desta semana tentará estender a lógica para o cenário político.
O principal entrave para isso é que o cenário ainda não garante três votos contra um. O Palmeiras não anunciou oficialmente, mas votará em Koff. Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro, presidente do Santos, disse não ter candidato definido. Nesta terça-feira, terá reunião com Kleber Leite para conhecer suas propostas.
Se Oliveira Ribeiro optar por Leite, o G4 ficará dividido igualmente e a tal força política deve se dissipar. A esperança do grupo é que o santista também feche com Koff, o que pode levar o bloco a minar a presença de Andres Sanchez no posto de vice do grupo rival.
O G4 tinha planos até para lançar candidatura à presidência do Clube dos 13, mas desistiu em função da antecipação do pleito. A aposta da entidade era a criação de um grupo similar no Rio de Janeiro, que deve ser ratificada no próximo mês, para assegurar maioria de votos e força política necessárias para alavancar um nome do bloco.
Alijado do pleito presidencial, o G4 agora trabalha para minar a força do Clube dos 13. Em vez de tomar o comando da entidade, o grupo que reúne as equipes paulista voltou-se aos contratos de TV. O novo projeto é aproveitar a união em São Paulo e a iminente repetição do movimento no Rio de Janeiro para formar um bloco único e buscar alterações no formato de comercialização dos direitos.
Fonte: Máquina do Esporte
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Benê Lima