As cores quentes estão associadas a sensações de calor e adrenalina. São consideradas “excitantes”. No círculo das cores primárias, derivam do amarelo, do laranja e do vermelho. Expressas nas camisas de goleiros, tais tonalidades dificultam o acerto de penalidades máximas. É o que indica estudo promovido pela Universidade de Chichester.
O levantamento analisou 40 jogadores que efetuaram cobranças de pênalti contra um goleiro que ia trocando o seu uniforme a cada chute. O resultado mostrou que apenas 54 % das finalizações tiveram sucesso quando o defensor estava trajando a cor vermelha.
O percentual foi majorado diante dos tecidos amarelo, azul e verde – respectivamente, 69%, 72% e 75% de aproveitamento.
Especialista em psicologia do esporte e ligado à universidade, Iain Greenlees acredita que o batedor pode ter se distraído a partir do estímulo despejado por cada cor em determinadas situações de pressão.
“Temos evoluído nessa associação do perigo com a cor vermelha, a dominância ou a raiva e, nas situações de grande estresse, em que temos de prestar mais atenção às ameaças do nosso meio”, comentou Greenless.
Entretanto, vê como “tarde” para mudar totalmente o conjunto que os goleiros usarão na Copa do Mundo de 2010 – a cor poderia ser inserida em detalhes, como chuteira e luvas.
Peter Cech, goleiro do Chelsea, por exemplo, é um dos que acredita na influência da cor no momento dos arremates. Dá preferência aos uniformes na cor laranja.
Em três edições recentes de Mundial (1990, 1998 e 2006), com Peter Shilton, David Seaman e Paul Robinson no gol, o English Team acabou eliminado precocemente da competição. Coincidência ou não, todos usavam camisas verde, azul ou amarela.
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Benê Lima