Fedato monitorando exercício
No futebol brasileiro, uma das áreas que mais cresceu em investimento e
tecnologia, e continua crescendo, é a Fisiologia, que ultimamente vem passando por
uma evolução e alcançando um novo papel no Futebol.Ultrapassando os limites das ações laboratoriais, nos quais a Fisiologia caminha,
faz com que cada vez mais essa disciplina se torne atuante dentro de campo.Aproveitando o melhor conhecimento em que se encontram os profissionais
atuantes no futebol, e o interesse desses em evoluir, ficou mais fácil de implantar
novos conceitos da Fisiologia voltado à prática do esporte.Diferente de uma visão mais antiga sobre a fisiologia, na qual apenas
apresentavam dados laboratoriais e muitas vezes pouco específicos, atualmente ela já
evoluiu muito, se tornado uma forte ferramenta que auxilia o dia a dia de treinos.
Hoje em dia algumas ações realizadas pelos fisiologistas ganharam um grau de
importância, que se tornaram parte da rotina do atleta implantadas dentro do
treinamento, aproveitando melhor o fisiologista que vai para o trabalho dentro de
campo juntamente com a preparação física, ligados diretamente em suas funções
tornando-as mais específicas.Além da forte ligação com a preparação física, a fisiologia não pode se limitar
apenas a essa relação, pois muitos pontos de outras disciplinas que envolvem o futebol
se relacionam diretamente com a fisiologia.Alguns exemplos de relações interdisciplinares que podemos citar são: a
psicologia, que dispões de algumas avaliações que mostram pontos relacionados a
overtraining e vigor físico, a nutrição, que nos traz algumas informações como perda
de apetite entre outras que podem nos levar a algumas conclusões sobre overtraining
e outras informações relacionadas a área físico/técnica como queda de rendimento.Devido as exigências físicas, cada vez mais impostas nas partidas e o
treinamento, por sua vez, mais intenso para suprir essas necessidades, torna-se cada
vez mais importante o papel do Fisiologista em trazer um maior número de
informações físicas e fisiológicas para a comissão técnica, conseguindo assim um
melhor controle de qualidade do trabalho.O controle de qualidade do trabalho visa quantificar e qualificar o que foi
realizado pelo atleta em relação ao proposto pela comissão técnica, obtendo-se, entre
outros, os seguintes dados, que normalmente tem o objetivo de controlar o volume e a
intensidade dos treinos e jogos:• Glicemia pós treino e jogo: sendo coletado o sangue logo após o
exercício, podemos relacionar o resultado com a intensidade imposta e ter uma
idéia da necessidade de uma reposição energética antes, durante e depois da
atividade física, sendo relacionado o valor da glicemia coletada com o valor da
glicemia em jejum. • Lactato pós treino e jogo: através da coleta do lactato sanguíneo logo
após o treino ou jogo, podemos ter uma noção da intensidade imposta pela
atividade realizada, da direção a ser tomada nas próximas sessões de treinos e
a necessidade de realizar ações para recuperação do atleta.• Controle diário de peso: através da composição corporal, podemos
controlar o percentual de gordura, o percentual de massa muscular entre outros
e caso algum atleta estiver com uma perda de peso corporal fora do normal,
podemos nos alertar em relação ao overtraining ou necessidade de uma melhor
suplementação.• Hidratação: através do percentual de peso corporal perdido entre o início
e o final de uma sessão de treino ou jogo, podemos direcionar melhor a
reposição hídrica e de sais minerais perdidos pelo atleta e ficarmos alertas em
relação a desidratação x queda de rendimento.• Comportamento da freqüência cardíaca: através da utilização de
frequencímetros, podemos monitorar todos os treinos físicos, físico/técnicos e
técnicos para podermos relacionar as freqüências cardíacas dos treinos com as
do limiar anaeróbio e observar se o treino teve uma predominância aeróbia ou
anaeróbia e se atingiu o objetivo programado pela comissão técnica.• GPS: através do GPS, podemos saber o volume total ou parcial dos
treinos, visualizar as intensidades de velocidade máxima e média de todos os
deslocamentos do atleta durante a sessão de treino e traçar um mapa de
deslocamentos do atleta dentro do campo.• Controle de biomarcadores de fadiga muscular: através de exames de
sangue laboratorial ou pelo aparelho Reflotron, podemos observar os valores de
CK, Creatinina, Uréia entre outros, encontrados em determinadas fazes da
temporada e apontar os atletas que possivelmente estão em risco de entrar em
overtraining ou estão muito fadigados e tem a necessidade de uma recuperação
maior que a de outros atletas.Tendo em vista a importância das informações fornecidas pela ação da Fisiologia,
fica evidente que, no Futebol, para que se consiga uma excelência na performance é
necessário cada vez mais, a participação de profissionais com qualidade, que utilizem
ferramentas e introduzam todos os benefícios que a ciência da Fisiologia pode trazer.FEDATO ESPORTES LTDA
Prof. Guilherme Rodrigues – Fisiologista
Prof. Antonio Carlos Fedato Filho - Fisiologista
Sinopse
"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."
CALOUROS DO AR FC
terça-feira, novembro 15, 2011
O novo papel do Fisiologista no Futebol
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Benê Lima