Sinopse

"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

segunda-feira, junho 04, 2012

O bilionário e pobre futebol brasileiro

Crianças jogando futebol no Coque. Foto: Ana Braga/divulgação


















       
          Por: Cassio Zirpoli 
O futebol representa 0,2 do PIB nacional e tem potencial para 1,2 com mais empregos, tributos e riqueza para o País. Estádios modernos multiuso melhorarão o público, a renda, o patrocínio e valorizarão as marcas dos clubes.”
Palavras do ministro do esporte, Aldo Rebelo, através do seu perfil no twitter, antes de sua segunda visita na Arena Pernambuco. 
O produto interno bruto do país em 2011 foi de US$ 2,48 trilhões, ou R$ 4,14 trilhões. 
Montante que elevou o Brasil ao status de 5ª economia do planeta. 
Mas vamos à porcentagem citada pelo ministro. Considerando 0,2%, a receita gerada pelo futebol chegou a 4,96 bilhões de dólares. É muito dinheiro… 
Porém, caso o país chegasse ao máximo estipulado, levando em consideração o último PIB, o futebol brasileiro poderia ter produzido até US$ 29,76 bilhões. 
Convertendo, o futebol poderia ser, hoje, um produto de 60 bilhões de reais. Para isso, seria necessário uma lista telefônica de exigências na administração do esporte. Menos corrupção, mais organização, mais investimentos, mais serviços, melhores serviços etc. 
Enquanto isso, o clube mais popular do país não consegue sequer manter a sua folha de pagamento em dia, mesmo com a maior cota de TV da elite nacional.Já o segundo time de maior torcida só está conseguindo tirar o seu estádio do chão após R$ 400 milhões em incentivos fiscais, sob polêmica, claro. 
A evasão de renda, intimamente ligada ao futebol, ainda se faz presente, mesmo com modernos sistemas de bilhetes à disposição. Esquemas por toda parte, embaixo do nariz da segurança pública. A evasão se estende aos balancetes suspeitos, sem fiscalização. 
Estádios sucateados nas principais divisões e pelo menos três arenas com padrão Fifa em cidades sem apelo algum no esporte, a não ser o político. Pois é. 
E o torcedor? Este é tratado como gado, de norte a sul, com o Estatuto do Torcedor rasgado a cada dia. Jogadores como máquinas, sufocados pelo calendário ortodoxo. 
Esse post seria o maior da história do blog caso listasse todas as mazelas. 
Mas pelo menos fica uma vaga ideia porque ainda estamos em 0,2% do PIB. Com tanta coisa para melhorar, o ministro foi até otimista neste índice… 
Fica a torcida para que 1,2% seja um dia a verdade no futebol, bem administrado.  
Construção da Arena Fonte Nova, em abril de 2012. Crédito: Odebrecht/divulgaçãoTags: , , , , 
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