Ante ‘morte’ do futebol espanhol, clubes pequenos e médios lutam por cotas de TV mais equilibradas

Sevilla pede união por uma divisão mais justa e recebe apoio de rival Betis

Equipe Universidade do Futebol

Um passo importante por um dos clubes espanhóis mais emergentes no cenário mundial foi dado em direção ao equilíbrio dos negócios da indústria do futebol naquele pais. José Maria Del Nido, presidente do Sevilla, quer colocar um fim na divisão das cotas de TV para a La Liga.

O mandatário da agremiação que conquistou resultados esportivos interessantes nas últimas temporadas considera injusta a separação dos benefícios e convocou uma reunião com os demais rivais da primeira divisão nacional para debater o tema.

Barcelona e Real Madrid ficam com aproximadamente metade dos € 600 milhões do que é investido pelos canais de transmissão. Del Nido, um dos principais críticos desse cenário, já recebeu o apoio de Miguel Guillen, presidente do Betis – nesta terça-feira, ele afirmou que quando os clubes forem negociar seus novos contratos com as redes, iriam tentar acabar com a hegemonia da dupla mais tradicional.

“As conversas em 2014 serão feitas no momento apropriado, mas uma coisa é certa. Quando os clubes sentarem para negociar, nós esperamos que a regra que diz que 50% do dinheiro vá para Real Madrid e Barcelona desapareça”, sinalizou Guillen.

Os primeiros jogos do Campeonato Espanhol reafirmaram essa condição de disparidade de Barça e Madrid para os demais concorrentes. Enquanto o primeiro bateu o forte Villarreal, que está na Uefa Champions League, por 5 a 0, os merengues golearam o Zaragoza por 6 a 0.

“A situação atual não é sustentável. Clubes como nós têm de vender constantemente os seus melhores jogadores, enquanto outros conseguem comprar, com o crédito que têm na banca, apesar dos passivos. Se só querem dois jogos (entre Barça e Real), que se façam só dois jogos. Ou algo muda, ou vamos matar o futebol espanhol”, bradou o presidente do Submarino Amarelo, Fernando Roig.

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