Para comandante do Werder Bremen, tempo é cada vez mais reduzido para se desenvolver um trabalhoEquipe Universidade do Futebol
São cada vez mais funções acumuladas e menos tempo para provar a capacidade de planejar, executar e vencer. Essa foi a avaliação geral dos principais treinadores da Europa, que se reuniram na última semana em Nyon, na Suíça, para o 13º Fórum de Treinadores de Clubes de Elite da Uefa.
O evento tem como foco sempre abordar o estado atual da modalidade no Velho Continente a partir do reconhecimento dos trabalhos dos gestores técnicos das equipes. E as exigências que recaem sobre cada um continuam a evoluir e a mudar constantemente.
“Há certamente diferenças relativamente ao passado, devido às alterações no ambiente em redor de um encontro. Há 20 anos, era mais fácil para os treinadores dizerem: 'Façam assim' e pronto. Agora, devido ao perfil dos jogadores, à sua fama, dinheiro e liberdade, temos de ser muito melhores em termos de comunicação - temos de ser capazes de convencer jogadores, imprensa e a administração de que aquilo que estamos a fazer é o que deve ser feito. E tudo se resume aos resultados - temos de ser capazes de nos adaptarmos e reagir às derrotas”, argumentou o diretor técnico da Uefa, Andy Roxburgh.
O fórum contou com a presença de Josep Guardiola (FC Barcelona), Sir Alex Ferguson (Manchester United FC), André Villas-Boas (Chelsea FC), Arsène Wenger (Arsenal FC), Roy Hodgson (West Bromwich Albion FC), Rémi Garde (Olympique Lyonnais), Didier Deschamps (Olympique de Marseille), Massimiliano Allegri (AC Milan), Ralf Rangnick (FC Schalke 04), Frank de Boer (AFC Ajax), Jorge Jesus (Benfica), Felix Magath (VfL Wolfsburg), Vítor Pereira (FC Porto), Mircea Lucescu (FC Shakhtar Donetsk), Unai Emery (Valencia CF), Roland Nilsson (FC København), Thorsten Fink (FC Basel 1893) e Rudi Garcia (LOSC Lille Métropole).
Além deles, o francês Gérard Houllier, ex-treinador de Liverpool e Olympique Lyonnais, esteve presente na qualidade de observador técnico da entidade. Outro treinador ativo no discurso foi Thomas Schaaf, do Werder Bremen.
“Somos responsáveis por um sem-número de coisas, mas esta responsabilidade agora também envolve mais áreas, relativamente há alguns anos. Temos de lidar com assuntos que não estão diretamente relacionados com o futebol ou com o que se passa no campo. Falamos aqui bastante sobre quanto tempo temos disponível para fazermos o nosso trabalho e chegamos à conclusão que, de fato, não temos tempo suficiente - que uma sempre crescente parte desse tempo é retirada para termos de trabalhar em outros assuntos”, revelou.
Para ele, não há distinção no modo de avaliação na Itália, França ou Inglaterra: todos são afetados por isso e têm de lidar com os problemas.
Na troca de ideias e propostas, Roxburgh enalteceu ainda a qualidade da Uefa Champions League da temporada passada (foram marcados 35 gols a mais do que na edição anterior) e o fato de que cada vez mais equipes tomaram a iniciativa nos respectivos encontros, apontando um estilo de jogo composto por um elevado ritmo com constantes trocas de passes.
“Foi uma bela reflexão do ponto de vista futebolístico. Mas, não tenhamos ilusões, os treinadores gostariam de ver ainda mais melhorias...”, finalizou.
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Benê Lima