Arriégua! Escapamos!
Foi só meio .Vexame!.
em mesmo o mais otimista dos torcedores do Fortaleza era capaz de esperar uma combinação tão certeira de resultados, a ponto de que só o terceiro critério de desempate previsto no regulamento da competição fosse suficiente para propiciar ao clube uma permanência antes impensável na Série C. A vitória na batalha final enfim veio, revestida de um misto de heroísmo e polêmica. Podemos afirmar que o clima que antecedeu a partida decisiva não era dos melhores entre os jogadores do clube, pois não existia consenso entre quem estava e quem não estava comprometido em manter a equipe na terceira divisão brasileira, no que pese todo o esforço da diretoria tricolor.
Carlinhos Bala ou Rogério? Rogério ou Carlinhos Bala? Enfim, qual dos dois teve maior nível de envolvimento e participação na saga vitoriosa protagonizada pelos ‘heróis’ tricolores? Mais que a resposta a esta pergunta, valeu a conquista do objetivo possível. O volante Rogério encarnou o clima de decisão desde o início da semana do jogo decisivo. E ao entrar em campo foi protagonista ao lado de Bala, tendo este liderado a equipe dentro de campo, não demonstrando abalo nem mesmo ao desperdiçar uma cobrança de penalidade máxima, defendida pelo goleiro Cristiano do CRB. Enquanto Carlinhos Bala foi incansável no comando de seus companheiros, Rogério foi infatigável na sua participação no jogo, alternando-se entre as tarefas de defesa e ataque com empenho e eficácia.
A saga tricolor pela permanência na Série C teve contornos de drama desde o apito inicial do árbitro da partida. Todo o primeiro tempo sem conseguir assinalar seu gol fez com que a equipe voltasse ainda mais tensa para a etapa final. A diminuição da tensão só se deu a partir dos seis minutos do segundo tempo, com a marcação do primeiro gol tricolor através do atacante Vavá, mas contando com as participações de Guto e Dezinho na confecção do lance. Aos 24 minutos Vavá volta a marcar com um chute de fora da área, trazendo certo alívio para a torcida tricolor. A partir daí as atenções se voltavam muito mais para a partida jogada em Campina Grande entre as equipes do Campinense e do Guarany de Sobral, onde a igualdade no marcador beneficiava a equipe do Fortaleza. Foi aí que veio novo componente de dramaticidade para o time do Pici, com a marcação do gol do Campinense sobre o Guarany a dois minutos do término do tempo regulamentar. Com isso a equipe leonina tinha pouco mais de dez minutos para a marcação dos dois gols que precisava. Se a tarefa se mostrava difícil, pelo menos a pressão tricolor se fazia sentir cada vez mais intensa. E o terceiro gol não tardou, vindo pelo pé do atacante Gustavo Papa aos 38 minutos de jogo.
Diante da proximidade do placar necessário à permanência do clube na terceira divisão brasileira, o rolo compressor tricolor aumentou sua rotação em busca do quarto gol. Enquanto o os jogadores do time alagoano pareciam não acreditar no que viam e mostravam-se meio atônitos, o Leão do Pici rugia cada vez mais alto e mais cinco após a marcação do terceiro gol veio o quarto, aos 43 minutos, por intermédio do estreante Marcos Goiano, levando o torcedor tricolor ao delírio.
O CRB ainda ameaçou aos 45 minutos em cobrança de falta, mas a atenta defesa tricolor soube livrar-se da ameaça de um gol que àquela altura poderia representar o rebaixamento da equipe para a Série D.
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Benê Lima