Sinopse

"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

sexta-feira, setembro 23, 2011

Coluna “Com Pé e Cabeça” – Por: Benê Lima

“A democracia nos dá o direito de dizermos, mas não nos assegura a razão sobre o que tenhamos dito.” (Benê Lima)
“O futebol é uma escola de ideias preconcebidas, sectarismo, dogmatismo, sofismas, intolerância e fundamentalismo.” (Benê Lima)

Minhas ideias futebol clube

A importância em comentar está na desimportância em torcer, ato inteiramente dispensável para a vida de um profissional da análise

Debate esportivo

Pretender me colocar como modelo de comportamento seria pedantismo de minha parte, além de arrogância. Mas não devo negar que tenho tentado exercer a atividade de comentarista nos limites da minha capacidade intelectual, moral e ética, tentando transpor o terreno do mero comentário para adentrar à seara da análise.

Tenho visto prosperar uma miscelânea de falas a que se quer rotular como opiniões que não condizem com o mais elementar processo dialético. Os programas esportivos ditos de debates quase nada debatem, com seus participantes condenando-se ao fingimento de uma unidade de pensamento pretensamente consensual, que em nada contribui para a pluralidade de ideias e pensamento, um dos pressupostos de qualquer democracia.

Cada vez mais, discordar está virando um rótulo ao qual se tenta agregar, pela mistificação, condições como a antipatia, rebeldia, insurgência, entre outros correlatos. Como consequência dessa intolerância proveniente da atitude corporativista canhestra, os diferentes ambientes dos debates acabam por sofrer uma mediocrização que já está virando marca registrada dos debates esportivos.

Outro componente mediocrizante é a teatralização de alguns programas esportivos, que findam por consentir que os indicadores de suas audiências reprimam os componentes de maior valorização, tais como o da qualidade de seus conteúdos – expressão legítima da comunicação social via veículos regulados por concessão pública.

A verdade é que, em regra, o debate no meio esportivo é pobre. E é pobre, sobretudo por que o futebol ainda não é visto pela maioria com a seriedade que ele requer. E isso constitui um verdadeiro paradoxo, especialmente quando sabemos não ser a simplicidade e sim a complexidade a principal característica do ambiente do futebol.

Que os homens e mulheres de mentalidade arejada chamem para si a responsabilidade de promoverem a importância de difundirmos uma nova visão para o meio esportivo, não o tratando apenas como atividade diletante.
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Benê Lima