Deputado critica feriado em dias de jogos do Brasil durante a Copa-14 e cobra foco em outras carências da populaçãoEquipe Universidade do FutebolAgora deputado federal (PSB-RJ), o ex-jogador Romário segue com sua postura crítica sobre os temas ligados ao futebol. Questionado nesta terça-feira sobre a Lei Geral da Copa do Mundo de 2014, que tramita no Congresso Nacional, ele disse que vê vantagens, mas o documento peca em várias situações.
Uma delas, o “Baixinho” classificou como “péssima”: a iniciativa de marcar feriados para dias de jogos do Brasil no Mundial, possibilidade aberta pela norma.
Outro ponto em que o deputado bateu forte foi em relação aos preços médios dos bilhetes para os encontros entre seleções. “A Copa vai ser no Brasil, mas não será para os brasileiros. Os brasileiros das classes C, D e E, que até morrem pelos seus clubes, não vão ter oportunidade, de ver os jogos com o ingresso mais barato custando R$ 120”, afirmou.
Por conta disso, Romário prometeu apresentar emendas à Lei Geral da Copa em relação aos valores, hoje a cargo da Fifa, e à melhora da acessibilidade para deficientes e da infraestrutura geral.
“Na primeira visita que fiz a uma sede, já retirei a frase de que faríamos a ‘melhor Copa de todos os tempos’. Vamos ter muito problema, especialmente em mobilidade urbana”, continuou.
O artilheiro da seleção brasileira no título da Copa de 1994, cogitado para disputar a prefeitura do Rio de Janeiro em 2012, não poupou os atuais comandantes locais Sérgio Cabral (governador) e Eduardo Paes (prefeito), ambos do PMDB.
“Votei neles, independentemente do partido. São grandes administradores, mas o que está acontecendo no Maracanã é realmente uma coisa absurda”, apontou Romário, sinalizando que não é concebível gastar R$ 1 bilhão na reforma de um estádio, enquanto hospitais e escolas públicas se apresentam em estado de carência.
“Os gastos no Maracanã são desnecessários, e eu lamento esse desperdício de dinheiro público. Já é a quarta ou quinta reforma, e com certeza haverá outras depois da Copa”, finalizou, estendendo as referências negativas a Cuiabá (MT), Manaus (AM) e Brasília (DF), outras sedes do megaevento esportivo.
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Benê Lima