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"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

sexta-feira, junho 10, 2011

Capitão da Alemanha aponta Espanha como modelo e elogia trabalho desenvolvido por equipe de Joachim Löw

Há sete anos na seleção principal, Philipp Lahm confia no trabalho do ‘professor’ e na evolução das categorias de base do país para chegar ao patamar da rival européia

Equipe Universidade do Futebol

Philipp Lahm Germany

O processo de maturação de Philipp Lahm como atleta de futebol profissional esteve ligado à sua trajetória na seleção principal da Alemanha. Há pouco mais de sete anos compondo o primeiro nível desse grupo, o polivalente lateral se tornou uma das grandes referências da posição no cenário mundial. Capitão do país na última Copa do Mundo, o jogador quer agora ratificar o trabalho interno desenvolvido angariando títulos.

“Os jogadores mudaram completamente ao longo desses anos. Apenas alguns poucos nomes daquela época ainda estão na equipe, enquanto muitas caras novas chegaram, principalmente muitos jovens atletas. As duas trocas de treinador também contribuíram em muito para mudar o nosso estilo de jogo. Mas em geral o futebol também evoluiu muito, ficou ainda mais rápido e adaptamos a nossa forma de jogar a essa realidade”, comentou Lahm, em entrevista ao site oficial da Fifa.

Aos 27 anos, o jogador tem claro para si o sentimento de que o Nationalelf se tornou um dos times mais jovens e promissores. E que isso tende a ascender ainda mais, a partir da tomada de um rival europeu como exemplo.

“A Espanha continua sendo o nosso modelo. Estamos no caminho certo e isso pode ser visto pelos resultados dos dois últimos Mundiais e da última Eurocopa, mas ainda não esgotamos as nossas possibilidades e queremos conquistar um título a qualquer custo”, argumentou o defensor.

Para Lahm, a Alemanha já mostrou que está no mesmo nível do Brasil, que sediará o próximo Mundial de seleções, e de outros grandes países. Mas a Fúria, atual campeã, continua um passo à frente. “Contamos com uma seleção jovem que tem a qualidade necessária para se desenvolver nos próximos anos e conquistar títulos”, disse.

Para chegar ao ponto considerado ideal, o tempo deve ser visto como aliado. Lahm admite que os espanhóis estão jogando juntos há vários anos com o mesmo sistema e a mesma filosofia. E esse tipo de ação se deu há menos tempo na Alemanha.

“É por isso que ainda estamos nos desenvolvendo. A Espanha segue um estilo de jogo que se baseia na posse de bola. Isso acontece desde as seleções juvenis. E ocorre também na maioria dos clubes do país. Mas o nosso trabalho com as categorias de base também está no caminho certo, como estamos vendo”, confirmou o jogador do Bayern de Munique.

Comandante do staff técnico, Joachim Löw também reconheceu isso ao convocar nove jogadores que tem 23 anos ou menos para as próximas partidas pelas eliminatórias para a Eurocopa. Algo positivo na visão de Lahm.

“Os jovens jogadores que estão chegando trazem uma grande qualidade à equipe. É algo que não se via há muito tempo. Jogadores que encaram o adversário no mano a mano com muita velocidade. Fazia tempo que não tínhamos isso. Por sorte, esse tipo de futebolista está reaparecendo. Por isso, estamos com um elenco maior, o que é importante em casos de contusão. Isso também é algo que fazia falta para nós”, revelou.

O jovem capitão enalteceu ainda mais o trabalho de Löw, iniciado antes da Copa do Mundo de 2006, realizada na própria Alemanha, e que estabelceu uma transição para algo completamente novo.

“Ele é um verdadeiro professor de futebol que se interessa muito pelo esporte, observa muitos jogadores e sabe compreender o que falta para nós. Como não nos vemos com tanta frequência, nem sempre é fácil alcançarmos os nossos objetivos, mas é possível ver que o nosso futebol está melhorando conforme o tempo passa. O nosso treinador sabe como precisamos treinar e como podemos aplicar o que aprendemos”, finalizou Lahm.

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Benê Lima