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"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

segunda-feira, junho 13, 2011

O uso da neurolinguística no treinamento de futebol

Com tanta preocupação com a integração, muitos deixam fora um dos componentes mais importantes do treino: a mente

Nicolau Trevisani Frota

No futebol de hoje, fala-se muito de treino integrado, entre os quatro componentes do jogo. São eles: o físico, o técnico, o tático e o psicológico. Entretanto, quando se observa as periodizações de treinamento, nota-se uma preocupação muito grande com a integração de somente três dos componentes: o físico, o técnico e o tático, deixando o componente “psicológico” fora do contexto das atividades.

A maioria dos treinadores está preocupada em melhorar o físico, o técnico e o tático, objetivando, assim, a melhora do rendimento da equipe. O aspecto mental muitas vezes é deixado de lado.

Todos sabem que o lado mental pode – e muito – ajudar na melhora do rendimento da equipe. Neste sentido é que acreditamos que o uso da neurolinguística pode ajudar muito.

A neurolinguística é definida como a relação da linguagem com os neurônios. Mas como esta técnica ajuda o treinamento no futebol?

Através dela, é possível “entrar” na mente do atleta. Através dela é possível acelerar muito o aprendizado de algo através do pensamento, pois com esta técnica é possível “fazer o cérebro acreditar em algo”.

É possível também visualizar algo ainda não realizado. Aplicado ao futebol, estes estímulos permitem fazer com que a mente vivencie situações que aceleram muito o processo de treino, melhorando a qualidade de desempenho de forma mais rápida.

Em palestra realizada recentemente, durante o Curso Master em Técnica de Campo da Universidade do Futebol em parceria com a Federação Paulista de Futebol, o fisiologista do Corinthians, Antonio Carlos Gomes, ao demonstrar a utilidade da biomecânica, citou o exemplo de um lateral que não conseguia cruzar com eficiência. Com a ajuda da biomecânica, Gomes procurou descobrir a deficiência do lateral.

Particularmente, acredito que se no caso em questão fosse feito um trabalho com a neurolinguistica, o processo seria acelerado e o problema do lateral poderia ter sido resolvido com maior eficiência e velocidade. Desta forma, o jogador poderia acelerar o processo de aprendizagem. E isto se justificaria até pelo pouco tempo que temos para treinar e qualificar equipes.

Porém, o uso da neurolinguística não se resume a isto. Ela pode também ser usada para acelerar o entendimento de situações táticas e também para a recuperação de algumas lesões.

É preciso, entretanto, ressaltar que o trabalho com a neurolinguística deve ser realizado por um profissional especializado que esteja presente no dia a dia do clube. Outro aspecto a se destacar é que a neurolinguística não é tudo; não substitui nenhum outro trabalho. Ela deve ser considerada apenas como mais uma ferramenta a ser utilizada em busca do alto rendimento.

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Benê Lima