Desafio da nova direção, agora, é convencer de que a volta à cidade é definitiva
“Tenho dito que se tivesse dinheiro suficiente para comprar um clube de futebol e pudesse escolher entre 0 Ferroviário (ce) e o Grêmio (Barueri/Prudente/Barueri), não teria dúvida em escolher o ferroviário, por razões muito simples: tem torcida, tradição (história) e patrimônio.” -- (Benê Lima)
O Grêmio Prudente nasceu, cresceu e se mudou para Presidente Prudente, deixando órfã uma cidade, uma jovem torcida e uma arena de pelo menos R$ 170 milhões. Um ano depois, o rebaixado filho retornou nos braços de um grupo de empresários que se responsabilizaram por reestruturar a equipe, tanto esportivamente quanto financeiramente.
Apesar dos valores não serem divulgados oficialmente, estima-se que cerca de R$ 20 milhões tenham sido gastos na operação, em uma soma que inclui o pagamento de dívidas do clube e uma compensação financeira para os antigos sócios. Isso, claro, além da taxa de R$ 800 mil para a Federação Paulista, dedicada a agremiações itinerantes.
Junto com o time, veio os profissionais, entre jogadores e comissão técnica, e nada mais. Uma possível torcida crescente ficou em Presidente Prudente, assim como todos os contratos de patrocínio que a agremiação mantinha. O desafio da nova direção, agora, é convencer de que a volta é definitiva.
Para o gestor de planejamento do clube, Marcos Boccatto, não existe nenhuma chance do clube se mudar novamente, algo acordado e assegurado pelo estatuto constituído, que só poderá ser modificado com ampla maioria dos votos. “Tem que ter meios de amarrar. Mas isso é fácil de provar, o complicado é convencer o torcedor de que é pra valer”, afirmou Boccatto.
A torcida, no entanto, já parece ter se acostumado com o retorno da equipe. Com promoções e ingressos coorporativos, 13 mil pessoas assistiram ao jogo de reestreia em casa, número considerável para um clube itinerante. Como comparação, o Americana, ex-Guaratinguetá, colocou apenas 54 pagantes em seu jogo de estreia na Série B, contra o Duque de Caxias.
Se o convencimento dos torcedores já é um processo em andamento, os parceiros não precisaram de tantos argumentos. “O patrocinador não é difícil. As empresas têm pensado muito mais no momento, e no momento nós disputamos a Série B em Barueri, sem dúvida”, retificou Boccatto.
Com o retorno, o Grêmio Barueri tem como patrocinador máster o BMG, um denominador cada vez mais comum entre clubes brasileiros. Além dele, a Lupo fornece material esportivo e a Marabraz entra como o segundo patrocinador. A camisa do time ainda ganhará mais algumas marcas: JT Automóveis, Della Via e Brascargo já fecharam com o clube paulista.
Fonte: Máquina do Esporte / Equipe Universidade do Futebol
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Benê Lima