Técnico admite e-mail em que Real foi informado que lateral estava liberado do
amistoso contra Escócia. Mas não fecha portas para ele e para Hernanes
O treinador da Seleção Brasileira, Mano Menezes, admitiu que a ausência do lateral-esquerdo Marcelo das duas últimas listas de convocados para o selecionado está diretamente ligada à "postura" do jogador em relação à equipe. Em entrevista ao programa "Bem, Amigos"desta segunda-feira, Mano confirmou que teve acesso a um e-mail relacionado ao jogador. Questionado se o conteúdo da mensagem seria o Real Madrid ter sido informado, pelo jogador ou por alguém ligado a ele, que a situação do lateral com a Seleção estaria 'resolvida' (estaria liberado do amistoso contra a Escócia) e que ele poderia se reapresentar ao clube espanhol, Mano respondeu.
- Quase isso.
- Não gosto só de sentimentos. Me apoio em fatos. Fiquei na Europa após o jogo contra a Escócia e algumas coisas que eu vi comprovaram o que eu estava pensando - afirmou.
Confira a galeria de fotos da visita de Mano Menezes ao 'Bem,Amigos!’
Durante os treinamentos para o amistoso contra os escoceses em Londres, em 26 de março, Marcelo alegou que estava sentindo dores nas costas, após um choque com Renato Augusto em um treino. E não atuou.
Ninguém abre mão de um jogador que está jogando o que o Marcelo está jogando simplesmente porque não tem simpatia. As questões são muito mais sérias"
- Para mim e para todos os brasileiros o que existe de mais importante no futebol é a Seleção Brasileira. Quero que todos jogadores sintam exatamente isso. Passamos um período em que convivemos, não oficialmente, (com atletas) relutando convocação, mandando avisos. Se eu começar a abrir mão disso no início do trabalho, não vai terminar bem. E quero que termine bem - disse.
- Ninguém abre mão de um jogador que está jogando o que o Marcelo está jogando simplesmente porque não tem simpatia. As questões são muito mais sérias e muito mais responsáveis - acrescentou.
O treinador garantiu não fechou as portas para o jogador do Real Madrid no selecionado e disse entender que, em algumas situações, o atleta possa se sentir pressionado pelo clube. Mas cobrou uma mudança de atitude do jogador.
- As pessoas em determinados momentos, por pressões dentro do clube, cedem em algumas questões. Talvez o momento levou que as coisas que se conduzissem para essa direção. Então você amadurece, conversa com outras pessoas. Assume a sua parte, que é importante. Não ficar transferindo para os outros a parte que você deve assumir. Logicamente, você pode reconsiderar.
Mano garantiu também que Hernanes não tem as portas fechadas na Seleção devido à expulsão no primeiro tempo do amistoso contra a França, em 9 de fevereiro.
- Tenho alguns defeitos. Mas não sou injusto e não sou muito burro. Seria uma irresponsabilidade não levar novamente para a Seleção um jogador porque ele, acidentalmente, cometeu uma falta de cartão vermelho.
O treinador afirmou que a ausência do jogador do Lazio (Itália) nas últimas convocações foi "uma questão de opção". E que disse ter modificado a sua ideia inicial sobre Hernanes, que inicialmente encarava como uma alternativa para atuar como volante.
- Para a função de meia, na qual ele está sendo utilizado na Itália, temos que ter um jogador com um pouco mais de dinâmica, mais movimentação. Hernanes é um jogador de força, que conclui bem. E no sistema muito usado na Itália, com (um meio-campo com) três por trás e um mais centralizado, chegando (no ataque), ele se encaixou. Mas eu não vou armar a seleção brasileira desse jeito. O que não quer dizer que Hernanes não vai mais ser convocado - assegurou.
Sobre o atacante Hulk, Mano afirmou que não o vê como o "centroavante da Seleção". Porque, para o treinador, ele não atua assim no Porto. E que disputa vaga no selecionado com Robinho e Neymar.
- O centroavante do Porto é o Falcão Garcia. O Hulk atua como segundo atacante, pela direita.
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Benê Lima