Juvenal profetiza a extinção do C13
BERNARDO ITRI
EDUARDO OHATA
DO PAINEL FC
RAFAEL REIS
DE SÃO PAULONo mesmo momento em que será eleito para um terceiro mandato consecutivo como presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio prevê seu afastamento da cadeira de vice do Clube dos 13. São esses os prognósticos do dirigente: hoje, sua reeleição; em breve, o fim da entidade.
No que diz respeito à votação do Conselho Deliberativo que, tudo indica, será a favor de sua continuidade na presidência, Juvenal é taxativo: "Amanhã [hoje], acontecerá algo sem precedentes na história. Tem jogo do São Paulo, é véspera de um feriado prolongado. E, mesmo assim, acontecerá algo histórico."
Juvenal aposta em uma votação recorde no pleito desta noite. Para o cartola, o número de eleitores legitimiza sua polêmica candidatura. Para permitir a segunda reeleição, a situação teve de mudar o estatuto do clube.
A alteração foi aprovada pelo conselho interno, mas foi parar na Justiça. A oposição afirma que qualquer mudança no regimento tem de passar pelo crivo dos sócios.
Editoria de Arte/Folhapress Os presidentes dos grandes clubes do Brasil A decisão sobre o caso deve sair no dia 27. Ou seja, o resultado da eleição desta noite corre o risco de ter vida útil de apenas uma semana.
Caso Juvenal vença a batalha judicial, a oposição deve levar o caso para a Justiça Federal, onde já estão reivindicações ligadas a mudanças estatuárias e eleições anteriores do atual presidente.
Se o parecer for favorável à oposição, os sócios serão convocados para definir se o mandatário terá direito a disputar uma nova eleição.
Mas, cedo ou tarde, Juvenal deve ser reeleito. No poder desde 2006, já é o mais longevo presidente de um grande clube brasileiro na atualidade. Em 2014, quando o novo mandato terminar, serão oito anos na presidência.
Isso em uma fase de renovação no comando dos seus rivais. O Santos pôs fim à era de Marcelo Teixeira no clube, o Palmeiras mudou de mãos em janeiro, e Andres Sanchez deixará a presidência do Corinthians neste ano.
"Cícero Pompeu de Toledo ficou seis mandatos na presidência, Laudo Natel ficou sete. Um já morreu [Cícero], o outro vai até falar sobre isso amanhã [hoje, na eleição]", afirma Juvenal. "Todos os clubes se permeiam na história do São Paulo", diz ele.
O cartola afirma que tem que se manter no cargo porque precisa "consolidar um processo que vem sendo feito". Relata com orgulho as reformas do Morumbi, do CT da Barra Funda e do de Cotia.
E enaltece as finanças do clube. Finanças que, inclusive, engordarão no próximo ano de mandato de Juvenal, graças ao contrato que está para ser assinado pelo clube com a Globo sobre a venda dos direitos de exibição dos Brasileiros de 2012 a 2015.
"Faltam questões burocráticas [para assinar]. Isso vai nos render 107%, 108% de aumento em relação ao contrato anterior", diz Juvenal. Por essa conta, o São Paulo pula de R$ 36 milhões para R$ 75 milhões por ano.
Porém a assinatura do São Paulo com a Globo vai contra a parceria de Juvenal com o Clube dos 13. "Eu torço pelo êxito deles [C13], mas tenho que cuidar da minha instituição [São Paulo]", afirma.
"Os membros do Clube dos 13 minaram aquela instituição. Eu tenho que falar isso. Agora, o Clube dos 13 está chegando à sua exaustão."
O são-paulino chega a prever o fim da entidade. "É como a lei da selva: os fortes sobrevivem, os fracos não."
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por seu comentário.
Em breve ele será moderado.
Benê Lima